Todos nós temos uma marca pessoal, e é ela que nos define e promove enquanto pessoa. É o resultado das nossas experiências, capacidades, características e valores que nos diferenciam. A marca pessoal é especialmente relevante para profissionais liberais, oradores, influenciadores, entre outras, para também para profissionais que procuram outras oportunidades de carreira e que se querem distinguir num vasto e competitivo mundo do trabalho. No fundo, é tudo o que nos valoriza.
No mundo em constante transformação, com a tecnologia a dar cartas no mundo do trabalho, todos temos de estar a tentos às mudanças que terão impacto na nossa marca pessoal e na nossa evolução profissional. Como é fundamental estar atento à forma como nos podemos adaptar e desenvolver, no sentido de melhorar a nossa marca pessoal, a Adecco Portugal, especialista em Recursos Humanos, deixa aqui algumas tendências que estão a impactar a criação de um plano de sucesso profissional.
A autoconsciência como plataforma de lançamento
Para a Adecco, a verdadeira marca pessoal tem as suas raízes na autenticidade, pois compreendermo-nos a nós mesmos é essencial no atual ambiente de trabalho. Os líderes deverão aproveitar a autoconsciência para se ligarem às suas equipas e fazerem a ponte entre pessoas e tecnologia. A autoconsciência tornar-se-á um atributo fundamental necessário para dominar muitas das competências mais importantes para uma liderança autêntica e bem-sucedida.
Hiperpersonalização
A Adecco antevê que a personalização da experiência do colaborador continuará a crescer. Preferências de trabalho (trabalho remoto, trabalho híbrido, presencial), benefícios personalizados, abordagem mais centrada na pessoa, são tudo elementos que vão definir o futuro do trabalho. Dar mais voz aos colaboradores, sobre quando, onde e como trabalhar é uma das tendências, aproveitando a oportunidade para desenhar o formato ideal para cada um, sobretudo na formação dos seus talentos.
Valorização do sentimento de pertença
As pessoas precisam de se sentir impulsionadas, valorizadas e celebradas pelo que são e pelo que contribuem no trabalho e daí advém a importância do “pertencer. O sentimento de pertença foi identificado como o mais importante para a população, de acordo com estudos sobre o tema. Por este motivo, os líderes devem promover uma cultura de pertença, onde todos sintam conexão e apreço, sobretudo num ambiente de trabalho híbrido, no qual a integração e coesão da equipa são mais difíceis de construir.
Prioridade no digital
Para Jeff Bezos a marca pessoal é o que as pessoas dizem de nós quando não estamos na sala. Esta ideia que continua a ser verdadeira mesmo quando estamos fisicamente presentes: a nossa marca é o que as pessoas aprenderam sobre nós antes de chegarmos. Num mundo pós-pandémico que se está a adaptar às normas do digital, é fundamental criar primeiras impressões digitais impactantes. Desta forma, mais do que nunca, as primeiras impressões digitais terão um grande impacto no sucesso pessoal, portanto, gerir proativamente a nossa presença online, como por exemplo, no LinkedIn, será ainda mais importante.
Vídeo como conteúdo preferencial
O vídeo continua a ser um meio incomparável para a marca pessoal, pois segundo uma estimativa da Forrester Research, um minuto de vídeo vale 1,8 milhões de palavras. A normalização da comunicação por vídeo significa um aumento no conteúdo deste formato para liderança inovadora e para a comunicação com os colegas e equipa.
Criar uma biografia em vídeo é também cada vez mais comum, associada ao enorme crescimento da realização de entrevistas em vídeo. Tudo indica que continuarão a crescer, e com elas, a nossa familiaridade diante das câmaras.
O papel expansivo da Inteligência Artificial
Em apenas um ano, o ChatGPT cresceu para mais de 100 milhões de utilizadores ativos semanais e continuará a ser uma parte importante da vida profissional. Com a adoção generalizada de ferramentas de inteligência artificial, a sua influência na marca pessoal é inegável: a IA colabora em todas as etapas da marca pessoal, desde a autodescoberta até à criação de conteúdo e liderança intelectual. Assim, ter a capacidade para se tornar um especialista em IA pode ser uma mais-valia para impulsionar a sua carreira e alcançar o sucesso profissional.
Multiemprego, a nova tendência
O multiemprego é a tendência crescente de gerir vários empregos em simultâneo em vez de depender de uma única fonte de rendimento. Atualmente, 46% dos trabalhadores, nos EUA, praticam multiemprego, ou seja, têm um segundo emprego ou um trabalho adicional, e 36% estão a considerar começar um, de acordo com um estudo da Owl Labs. Esta tendência trouxe um novo conceito: a carreira de portfólio”, introduzido por Marci Alboher, no seu livro “One Person, Multiple Careers”.
Os motivos pelos quais as pessoas praticam este modelo são variáveis: alguns procuram aumentar os seus rendimentos, enquanto outros procuram uma maior realização profissional. Espera-se que o número de profissionais que adotam este modelo aumente, o que até pode ser vantajoso, mostrando que os profissionais estão abertos à mudança e a novos desafios.