Rosália Teixeira, 92 anos, dona do grupo Porto Editora, património que partilha com os seus três filhos, subiu nove lugares na lista dos mais ricos do país. Segundo a avaliação da revista Forbes Portugal, a empresária terá agora um património de cerca de 458 milhões de euros, um acréscimo considerável de cerca de 100 milhões, face à avaliação de 2023. Esta parcela confere-lhe a 30ª posição do ranking de 2024, lançado no último mês de dezembro.
Com uma licenciatura em Química, a empresária do Norte detém a maioria das ações do grupo Porto Editora, que partilha com os filhos Graciete, a mais velha, Vasco, José António, todos administradores no grupo e CEO de algumas das empresas. As participações familiares estão agregadas numa holding, a Urbagesta SA, da qual Rosália Teixeira detém 65% do capital e o restante está distribuído pelos filhos e por ações próprias.
A empresária Rosália Teixeira está na 30º posição da lista de 2024 dos mais ricos do país com uma fortuna avaliada pela Forbes Portugal em cerca de 458 milhões de euros.
Do universo da Porto Editora fazem hoje parte, além da Porto Editora SA, que está na origem do grupo empresas e editoras como a Areal, a Assírio, a Bertrand, a Circulo de Leitores, a Wook, a Plural Editores Moçambique, Plural Editores Angola e a Livros do Brasil, entre outras.
As raízes da empresa familiar
A origem da fortuna familiar está numa pequena editora que o seu marido, Vasco Teixeira, entretanto falecido, fundou em 1944. Sendo professor universitário, o empreendedor uniu-se a outros 19 colegas de profissão para criarem em conjunto as bases do que é hoje este grande grupo empresarial. Aos poucos, o pequeno negócio foi crescendo e consolidando a sua atividade no segmento dos livros escolares.
Com a morte do empresário, em 1987, a esposa, Rosália Teixeira, com quem casou em 1953, continuou o seu legado, e foi adquirindo as participações aos outros sócios, sempre apoiada pelos seus três herdeiros. Desde então, o grupo tem vindo a somar editoras independentes e outras áreas de negócios ao seu portefólio. A internacionalização aconteceu já no virar deste século, com a abertura de uma primeira editora em Moçambique, seguindo-se depois Angola e mais recentemente em Timor-Leste.
A revista Forbes Portugal lançou a sua lista na edição de dezembro/janeiro, agora em banca. Conheça também aqui a análise feita às maiores fortunas nacionais, a metodologia aplicada nas avaliações e também o top 10 das maiores fortunas nacionais.