A revista Forbes Portugal acaba de lançar a sua lista Os 50 Milionários Portugueses 2024, na edição de dezembro/janeiro, que já se encontra disponível em banca. Esta pesquisa exclusiva destaca, anualmente, a fortuna das famílias nacionais mais poderosas nos negócios.
O ranking de 2024 mantém no pódio as mesmas três famílias – Amorim, Guimarães de Mello e Soares dos Santos, por esta ordem –, embora o segundo e terceiro lugar tenha trocado face a 2023. A família Azevedo mantém a quarta posição e o discreto clã Alves Ribeiro, mantém igualmente o quinto lugar. Juntos, os 50 nomes mais poderosos do país acumulam um património de cerca de 45 mil milhões de euros, um crescimento de quase 5 mil milhões de euros face à avaliação de 2023. Esta fatia patrimonial corresponde a cerca de 17% do PIB de 2023. Só os 10 clãs mais ricos detêm uma fatia de 23,5 mil milhões de euros, quase metade do valor total dos 50 nomes.
Este estudo, que apenas pretende ser um exercício jornalístico, e avalia somente o que é público e conhecido, mostra que os maiores negócios nacionais, de áreas como a indústria, o retalho, a distribuição, ou até mesmo o turismo, estão em plena expansão, após as barreiras geradas pela pandemia.
Todos os nomes do top 25 da lista de 2024 tiveram uma avaliação acima dos 500 milhões de euros, e o último nome dos top 50 situou-se nos 310 milhões de euros. Todos as restantes personalidades avaliadas pela Forbes Portugal ficaram abaixo deste valor patrimonial.
Conheça a lista completa na edição de dezembro/janeiro, já em banca.
Conheça a seguir o top 10 dos 50 Milionários 2024
1º
Fernanda, Paula, Marta e Luísa Amorim
Galp, Corticeira Amorim
Fortuna: 5.400 milhões de euros
2º
Família Guimarães de Mello
Grupo José de Mello, CUF, Brisa, Bondalti
Fortuna: 3.329 milhões de euros
3º
Família Soares dos Santos
Sociedade Francisco Manuel dos Santos, Jerónimo Martins
Fortuna: 2.942 milhões de euros
4º
Nuno, Paulo e Cláudia Azevedo
Sonae SGPS, Sonae Capital, Sonae Indústria, SonaeCom
Fortuna: 2.383 milhões de euros
5º
Família Alves Ribeiro
Mundicenter, Alves Ribeiro, Alrisa, Banco Invest
Fortuna: 1.770 milhões de euros
6º
Dionísio Pestana
Grupo Pestana, Pousadas de Portugal, Casino da Madeira, Empresa de Cervejas da Madeira
Fortuna: 1.750 milhões de euros
7º
Família Silva Domingues
BA Glass Group,, Euroatla, Euronave, Cerealis
Fortuna: 1.694 milhões de euros
8º
António Silva Rodrigues
Grupo Simoldes, Banco BIG, Millenium BCP
Fortuna: 1.693 milhões de euros
9º
Carlos Moreira da Silva
BA Glass Group, Horizon Equity Partners, Cerealis
Fortuna: 1.613 milhões de euros
10º
Fernando Campos Nunes
Grupo Visabeira, Vista Alegre Atlantis, Bordalo Pinheiro
Fortuna: 1.596 milhões de euros
A metodologia usada nas avaliações da Forbes Portugal
A Forbes Portugal realizou um levantamento dos empresários mais ricos do país avaliando sobretudo os seus patrimónios empresariais – avaliações feitas para cerca de 100 empresários – através das suas participações em sociedades cotadas e não cotadas. Em vários casos, naqueles em que não é possível aferir as participações específicas de cada membro, ou em casos de heranças indivisas, é avaliada a posição da família como um todo. No caso da família Amorim, a única no ranking internacional, utilizamos os cálculos, atualizados ao dia de 2 dezembro de 2024, do simulador da Forbes International.
Para todas as outras foram feitas avaliações empresariais que não pretendem mais do que ser apenas o produto de uma intensa pesquisa jornalística, que resulta da consulta de informação disponível em relatórios e contas de empresas, sobretudo relativas ao exercício de 2023, de textos publicados nos órgãos de comunicação social bem como da consulta de fontes próximas. Os dados recolhidos resultam de informação pública, acessível, e a sua veracidade depende muito da transparência desses dados. Não nos é possível avaliar a liquidez existente em contas bancárias dos protagonistas, dentro ou fora do país, bem como as suas dívidas pessoais e outros créditos associados, tal como carteiras de ações não divulgadas, ou participações não qualificadas. Foram, no entanto, excluídos do estudo os casos em que as dificuldades financeiras são do domínio público.
Para avaliar as empresas cotadas foram tidas em conta as cotações das sociedades à data de 2 de dezembro de 2024, o mesmo acontecendo nas holdings de empresas cotadas. Nestas últimas utilizou-se o valor do mercado da casa-mãe, pois as empresas por ela detidas não podem ser livremente negociadas.
Para proceder às avaliações patrimoniais, nas holdings não cotadas foi aplicada a avaliação da soma das partes, e nas sociedades do grupo foi aplicado, individualmente ou consolidado, o método dos múltiplos EV/EBIDTA, utilizando para isso a lista dos múltiplos de Damodaran. Para encontrar o valor de mercado da empresa aplica-se o valor dos resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), vezes o múltiplo do setor, excluindo-se ainda a dívida líquida. Nas sociedades imobiliárias, utilizou-se o valor dos capitais próprios. As empresas da banca não cotadas foram calculadas através da utilização do PER do setor aplicado sobre os lucros. Para as sociedades cotadas foi usado o valor bolsista das mesmas.