Foi em maio de 2024 que faleceu António Ferreira de Amorim, o último dos quatro irmãos que revolucionaram os destinos da Corticeira Amorim, empresa familiar de Mozelos, Santa Maria da Feira, que teve origem num pequeno negócio familiar fundado em 1870. O empresário, de 95 anos, deixou a sua parcela na indústria nacional aos seus filhos, António, Cristina e Joana Rios de Amorim, os três ligados aos negócios familiares. O controlo da empresa cotada pertence aos dois ramos familiares: aos herdeiros de António Ferreira de Amorim e às herdeiras de Américo Amorim.
António Rios de Amorim, o filho mais velho, é o CEO da companhia há mais de duas décadas, sendo por isso o rosto mais mediático da família. No entanto, Cristina Rios de Amorim, CFO da empresa industrial, começa também a ter mais destaque no panorama nacional, sendo atualmente vice-presidente do Conselho de Administração do banco BPI.
Posicionada na 22ª posição do ranking dos mais ricos da Forbes Portugal, a família de António Rios de Amorim detém um património superior a 710 milhões de euros.
Com presença em quase todos os territórios, a empresa portuguesa é líder mundial na transformação de cortiça. Em 2023 faturou perto de mil milhões de euros e o seu EBITDA alcançou os 177 milhões de euros, estando a sua capitalização bolsista na casa dos 1,11 mil milhões de euros.
Na data escolhida para a avaliação dos maiores patrimónios nacionais, o dia 2 de dezembro de 2024, a sociedade cotava a 8,32 euros, o que representou uma quebra face à avaliação do ano passado, em que as ações se situavam nos 9,79 euros. Por este motivo, a parcela familiar desce cerca de 80 milhões de euros face à avaliação de 2023.
A revista Forbes Portugal lançou a sua lista na edição de dezembro/janeiro, agora em banca. Conheça também aqui a análise feita às maiores fortunas nacionais, a metodologia aplicada nas avaliações e também o top 10 das maiores fortunas nacionais.