Patrícia Bensaude Fernandes é acionista e presidente do Conselho de Administração do Grupo Bensaude, um império empresarial que tem a sua origem na ilha de S. Miguel, em 1820. Os seus primeiros negócios começaram por oferecer serviços de navegação e trocas comerciais com o Reino Unido. Hoje agrega mais de duas dezenas de empresas, distribuídas por cinco áreas de negócios: marítima e logística, distribuição, energia, turismo e serviços. Ao todo tem mais de 3 mil colaboradores, no Açores, na Madeira e em Portugal continental.
Muito diversificado, este grupo económico atribuiu à família, segundo a avaliação da Forbes, realizada em outubro último, uma fortuna patrimonial de cerca de 406 milhões de euros.
Foi na década de 1820 que chegaram aos Açores os primeiros elementos da família Bensaude – Abraão, Elias e Salomão -, família hoje liderada pela sua descendente Patrícia Bensaude Fernandes, principal acionista do grupo. A primeira empresa familiar surgiu em Ponta delgada, a Salomão Bensaude e Cª, nascendo depois várias outras, nomeadamente a Fábrica de Tabaco Micaelense, em 1866. Em 1875 a família esteve ligada à fundação do Banco Totta e Açores (hoje do grupo Santander). Já em 1902 esteve também ligada à fundação da União das Fábricas Açoriana de Açúcar, e em 1937 inaugura o primeiro campo de golfe, nas Furnas.
A aposta na área turística
Em 1951, o Grupo Bensaude adquire a J.H. Ornelas, uma empresa ligada ao abastecimento de combustível, e alarga a sua atividade ao setor automóvel e à distribuição e comércio. Esta área de negócio ainda hoje faz parte do grupo. Em 1979 deu-se a entrada no negócio dos seguros e em 1982 cria a Bentrans, empresa logística que presta serviços via terrestre, marítima e área em todas as partes do mundo.
Já no fim do século passado decide alargar a sua área turística e hoteleira para a Ilha Terceira e Faial. Esta área de negócio engloba hoje sete hotéis em S. Miguel, Faial e Terceira, a Açoreana, empresa para viagens e cruzeiros e a Wayzor Rent a Car.
Muito diversificado, este grupo económico confere à família, segundo a avaliação da Forbes, realizada em outubro último, com base nas contas apresentadas no ano 2022, uma fortuna patrimonial de mais de 400 milhões de euros.
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