APL – Administração do Porto de Lisboa, Fundação Champalimaud e Fundação Calouste Gulbenkian assinaram dois contratos de concessão que irão permitir concretizar o novo espaço de inovação e investigação Ocean Campus.
Os dois contratos de concessão são relativos a dois espaços, com áreas de implantação de aproximadamente 7.000 metros quadrados cada, ambos situados junto à Doca de Pedrouços, na zona de Belém/Algés.
O Ocean Campus – nome do complexo – pretende ser um espaço de excelência no que respeita às ciências marítimas e marinhas e à economia azul, apostando num cluster de desenvolvimento associado ao mar, através de uma rede de unidades de investigação, ensino e desenvolvimento tecnológico, cujo objetivo principal será gerar inovação e investigação qualificada.
Polo científico Gulbenkian
O projeto Ocean Campus irá assentar num polo científico do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) que irá investigar a forma como as alterações ambientais estão a afetar a saúde humana e os ecossistemas.
O espaço da concessão da Fundação Champalimaud destina-se à criação de um centro avançado para o desenvolvimento de Inteligência Artificial, juntamente com uma incubadora científica, que inclui uma central de computação e armazenamento de dados, laboratórios experimentais, instalações para desenvolvimento de hardware, espaços para cursos avançados de formação, áreas para startups e zonas para parcerias comerciais, de serviços ou industriais.
“Este centro terá uma abordagem inovadora, investigando a nossa interação com o ambiente, em particular com os micróbios, no contexto da biologia do organismo, da ecologia e evolução, usando tecnologias de ponta e abordagens quantitativas, digitais e teóricas, necessárias para fazer o campo avançar”, explica Mónica Bettencourt Dias, diretora do IGC.
Sinergias com Fundação Champalimaud e IPMA
Por seu lado, o estudo do organismo e da sua relação com micróbios trará sinergias imediatas com os programas de cancro e neurociências da Fundação Champalimaud e com o estudo de organismos marítimos e da sua segurança alimentar do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), duas instituições que também vão ocupar o mesmo campus.
Os dois contratos de concessão envolvem um investimento inicial de 70 milhões de euros, tendo sido assinados por José Castel-Branco e Ricardo Medeiros, Vogais do Conselho de Administração da APL, por Leonor Beleza e João Silveira Botelho, Presidente e vice-Presidente do Conselho de Administração da Fundação Champalimaud, e por Isabel Mota e José Neves Adelino, Presidente e Membro do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.
O Ocean Campus prevê a requalificação de um total de 64 hectares, em Lisboa e Oeiras, junto ao Tejo, com o investimento de 300 milhões de euros, maioritariamente privado.
José Castel-Branco, Vogal do Conselho de Administração da APL, recordou a propósito que “o Ocean Campus prevê a requalificação de um total de 64 hectares, em Lisboa e Oeiras, junto ao Tejo, com o investimento de 300 milhões de euros, maioritariamente privado, na criação de espaços multifuncionais e ambientalmente sustentáveis, unidades de ensino, desenvolvimento tecnológico, inovação e investigação qualificada, de que são exemplos, hoje, estas parcerias assinadas com as fundações Champalimaud e Gulbenkian, a que felicitamos pelas respetivas iniciativas e a quem formulamos os maiores sucessos para os seus projetos de investimento”.