A Web Summit regressou a Lisboa e traz como novidade a participação recorde de startups portuguesas. De acordo com a Startup Portugal, são 125 empresas desta categoria a marcar presença na cimeira tecnológica fundada por Paddy Cosgrave, contra as 115 do ano passado. A participação portuguesa na Web Summit cresceu 10% em relação a 2023 com destaque para setores como Inteligência Artificial, medtech, fintech e tecnologias ambientais.
A delegação portuguesa, que integra o Programa Road2WebSummit, já captaram um investimento de 37 milhões de euros, o que representa um crescimento de 176% face aos 13 milhões de euros captados pelas startup da edição anterior. Estas startups têm em comum a utilização transversal de Inteligência Artificial, sendo que 78% já utilizam esta tecnologia para impulsionar e inovar em diferentes setores.
Outro fator em que se destacam, de acordo com a Startup Portugal, é o facto de terem presença internacional. Assim, cerca de 60% das startups já estão a operar além-fronteiras e possuem um ambiente internacional, com colaboradores de diversas nacionalidades, como russos, ucranianos, norte-americanos, franceses, ingleses e espanhóis, o que contribui para a diversidade cultural nos seus quadros.
No que se refere aos colaboradores, as startups participantes têm em média 7,3 colaboradores, totalizando 907 pessoas em 125 empresas. A grande maioria (79,5%) possui formação superior (licenciaturas e mestrados), com 7,39% detendo doutoramento, e a média de idade é de 33 anos. Em termos de diversidade, 30% dos colaboradores são mulheres e 14% pertencem a minorias sociais, reforçando o compromisso com a inclusão.
Estas startups tiveram um valor acumulado de receitas a ultrapassar os 20 milhões de euros em 2023 e garantem a representação regional com Lisboa a liderar com 53 startups, seguida pelo Porto (16), Coimbra (9), Braga (6) e Aveiro (3).
O diretor executivo da Startup Portugal, António Dias Martins, realça que “a participação de 125 startups portuguesas no Programa Road2Web Summit é um reflexo claro do dinamismo do ecossistema empreendedor em Portugal”. António Dias Martins sublinha que este grupo de empresas “destaca-se pela diversidade de sectores onde atuam, nível tecnológico das suas soluções, capacidade demonstrada na angariação de investimento e presença internacional, demonstrando a crescente capacidade de inovação e internacionalização das nossas empresas”. E remata que “as nossas startups estão preparadas para fazer a diferença no cenário global e contribuir para o desenvolvimento sustentável”.