A Vinci Airports passou hoje a gerir quatro aeroportos e três aeródromos de Cabo Verde, consolidando a sua liderança como primeiro operador privado mundial, com 72 aeroportos em funcionamento em 13 países, foi anunciado.
“A integração dos sete aeroportos de Cabo Verde permite à Vinci Airports consolidar a sua liderança como primeiro operador privado a nível mundial, com 72 aeroportos em funcionamento em 13 países”, anunciou a empresa em comunicado, no dia em que iniciou a concessão, após um contrato assinado em julho de 2022.
O ato oficial de passagem dos certificados aconteceu no aeroporto internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, entre o ministro dos Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos, e o CEO da ANA Aeroportos de Portugal, em representação da CVAirports, Thierry Ligonniere.
A Vinci avançou que assegurou um financiamento de 60 milhões de euros, a 20 anos, junto de três bancos de desenvolvimento: Banco Mundial-IFC, Proparco (França) e DEG (Alemanha), concedido ao abrigo do enquadramento de Financiamento Associado à Sustentabilidade (SLF).
Foram definidos dois indicadores de sustentabilidade, nomeadamente um objetivo progressivo de redução das emissões de dióxido de carbono e a obtenção da certificação ‘Airport Carbon Accreditation’.
“Este é um dos primeiros financiamentos deste tipo efetuados pela Vinci Airports e também a primeira vez que a IFC, Proparco e DEG financiam aeroportos através de um SLF”, sublinhou a empresa, considerando que o financiamento é um “marco importante” para os aeroportos de Cabo Verde.
A mesma fonte, prosseguiu a nota, será responsável pelo financiamento, gestão, manutenção, expansão e modernização destes aeroportos durante os próximos 40 anos, juntamente com a sua filial portuguesa (ANA – Aeroportos de Portugal), que deterá 30% da empresa concessionária, a Cabo Verde Airports.
A concessionária promete trabalhar para a abertura de novas rotas, promovendo as qualidades turísticas do arquipélago, nomeadamente a riqueza das atividades desportivas e naturais e as condições meteorológicas agradáveis.
“Por fim, a Vinci Airports irá também implementar o seu plano de ação ambiental, incluindo o desenvolvimento da energia solar e eólica”, avançou ainda, prometendo integrar os mais de 300 trabalhadores dos aeroportos de Cabo Verde.
Citando na nota de imprensa, o diretor-geral da Vinci Concessions e presidente da Vinci Airports, Nicolas Notebaert, mostrou-se orgulhoso pela confiança depositada pelo Governo de Cabo Verde, prometendo apoiar o crescimento turístico do país e assegurar a transformação ambiental dos aeroportos.
“Em 2022, os aeroportos de Cabo Verde receberam 2,2 milhões de passageiros, aproximadamente 80% do total de 2019, o que mostra que Cabo Verde tem um sólido potencial”, lê-se na nota de imprensa.
O contrato com o grupo Vinci envolve a gestão por 40 anos dos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos do país e foi assinado em 18 de julho de 2022.
O Estado vai receber 80 milhões de euros e a operadora terá ainda de pagar anualmente uma percentagem das receitas brutas, de 2,5% nos primeiros 20 anos, subindo até 7% nos últimos 10.
A Cabo Verde Airports vai ficar isenta de vários impostos no arquipélago durante 15 anos.
Lusa