As importações de energia pela União Europeia (UE) recuaram, no segundo trimestre, 39,4% em valor e 11,3% em quantidade, face ao período homólogo, e a quota russa continua a diminuir, divulga hoje o Eurostat.
De acordo com o serviço estatístico europeu, estes resultados vêm na sequência de descidas de 26,5% e 6,1%, respetivamente, no primeiro trimestre deste ano e contrastam com os aumentos registados em 2021 e 2022.
No que respeita a importações de petróleo da Rússia, a quota tem recuado desde o segundo trimestre de 2022, em termos de massa líquida: de uma média mensal de 8,7 milhões de toneladas, no segundo trimestre de 2022, para 1,6 milhões de toneladas no período homólogo de 2023.
As importações de petróleo pela UE junto dos restantes parceiros internacionais, no entanto, aumentaram 5,8 milhões de toneladas, para um total de 37,3 milhões de toneladas.
A quota russa nas importações de petróleo recuou
A quota russa no total das importações de petróleo recuou para 4,0% entre abril e junho últimos, face aos 21,6% homólogos.
Já no que respeita ao gás natural, as importações da UE recuaram 17% em termos de massa líquida, no segundo trimestre do ano, face ao homólogo.
O Eurostat considera que esta quebra pode ter resultado do plano europeu para a redução do consumo de gás.
A parte da Rússia nas importações de gás natural encolheu, por seu lado, de 5,1 milhões de toneladas (2.º trimestre de 2022) para 2,5 milhões de toneladas (2.º trimestre de 2023).
A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, iniciada em 22 de fevereiro de 2022, levou a UE a aplicar vários pacotes de sanções, que afetaram direta e indiretamente o comércio de petróleo e gás natural.
O impacto é agora visível, segundo o Eurostat, numa crescente diversificação dos fornecedores de energia.
Lusa