De acordo com as estimativas da CREA – Centre for Research on Energy and Clean Air, a Rússia realizou, desde o início da guerra na Ucrânia, cerca de 384 mil milhões de euros em exportações de petróleo e outros combustíveis fósseis. Desta fatia, e apesar da quebra de 90% desde o início do conflito, a União Europeia ainda consumiu qualquer coisa como 160 mil milhões de euros em recursos energéticos russos. De janeiro a junho de 2023, os países unidos do velho continente ainda consumiram 18 mil milhões de euros em energia russa.
A CREA criou o projeto Russia Fossil Tracker para acompanhar, desde 24 de fevereiro de 2022, o desenvolvimento das exportações de energia a partir da Rússia e como estes fluxos variaram desde que rebentou a guerra na Europa.
A China continua a ser o maior importador de combustíveis fósseis com origem na Rússia, atingindo um montante de 30 mil milhões de dólares (cerca de 274 mil milhões de euros) nos últimos seis meses.
O site Visual Capitalist utilizou os dados da CREA para analisar os países que mais importaram combustíveis russos, e chegou à conclusão de que a China continua a ser o maior importador de combustíveis fósseis com origem na Rússia, atingindo os 30 mil milhões de dólares (cerca de 274 mil milhões de euros) nos últimos seis meses. Cerca de 80% destas importações referem-se a petróleo, sendo que, mesmo assim, as comprar caíram dos 210 milhões de dólares (cerca de 191 mil milhões de euros) diários, para 178 milhões de dólares (cerca de 162 mil milhões de euros)
A Europa é o segundo bloco que mais importa combustíveis fósseis russos, com um valor de 18,4 mil milhões de dólares (16,7 mil milhões de euros). Como a Europa deixou de importar carvão, aqui são entra o petróleo (cerca de 60%) e o gás natural. A Bélgica ainda consome 1,9 mil milhões de dólares (cerca de 1,73 mil milhões de euros), a nossa vizinha Espanha cerca de 1,7 mil milhões de dólares (cerca de 1,54 mil milhões de euros) e os Países Baixos compram qualquer coisa como em combustíveis russos.
Depois da China e da União Europeia, a Índia é o terceiro maior importador da Rússia, tendo aumentado esse valor em cerca de 10 vezes, em parte devido ao desconto oferecido por Moscovo ao crude russo.
Conheça a seguir os 15 maiores importadores de combustíveis da Rússia:
1 – China – 30 mil milhões de dólares
2 – União Europeia – 18,8 mil milhões de dólares
3 – Índia – 15,2 mil milhões de dólares
4 – Turquia – 12,1 mil milhões de dólares
5 – Emirados Árabes Unidos – 2,3 mil milhões de dólares
6 – Coreia do Sul – 2,1 mil milhões de dólares
7 – Eslováquia – 2 mil milhões de dólares
8 – Hungria – 1,9 mil milhões de dólares
9 – Bélgica –1,9 mil milhões de dólares
10 – Japão – 1,8 mil milhões de dólares
11 – Espanha –1,7 mil milhões de dólares
12 – Singapura – 1,7 mil milhões de dólares
13 – Brasil – 1,6 mil milhões de dólares
14 – Países Baixos – 1,6 mil milhões de dólares
15 – Arábia Saudita – 1,5 mil milhões de dólares