Natal é sinónimo de chocolate. Os típicos bombons são sempre uma boa solução para as para as prendinhas de última hora, ou para aquele tio mais guloso. Porém, o preço do chocolate tem sofrido aumentos crescentes nos últimos anos por variados motivos, mas sobretudo pelo aumento dos custos da matéria-prima, o cacau.
Segundo os analistas da plataforma de investimento online XTB, o chocolate poderá muito bem-estar a tornar-se num produto de luxo. O preço desta matéria-prima situou-se entre os 2.500 e os 3.000 dólares por tonelada durante anos, mas no final de 20023 aumentou para os 4 mil dólares, e o preço quase duplicou antes da Páscoa de 2024, tendo triplicado no final de abril. Este mês os valores por tonelada rondaram os 11 mil dólares (cerca de 10,5 mil euros).
A Alemanha é um dos maiores produtores de chocolate do mundo e um dos maiores exportadores. A Bélgica, famosa pelas suas chocolatarias tradicionais, de venda de bombons a avulso, está em segundo lugar no ranking.
O principal problema é que a produção é inferior à procura, sendo que as reservas apenas se situam a 40% ou 50% do consumo. Se não houver uma melhoria da produção nos próximos anos, o cacau será uma matéria-prima escassa. Na colheita de 2023/2024 houve o maior défice de sempre, devido a um declínio acentuado da produção nos países da África Ocidental, a região que mais produz este alimento. No Gana, a produção caiu quase 50%, enquanto na Costa do Marfim, o declínio atingiu 30%.
A Alemanha lidera o top mundial
Alemanha é um dos maiores produtores de chocolate do mundo, e também o maior exportador. Os dados do Observatory of Economic Complexity, analisados pelo site Visual Capitalist, mostram que a Alemanha, que tem mais de 200 industriais de chocolate, exportou cerca de 5,6 mil milhões de dólares (cerca de 5,38 mil milhões de euros) em 2022. É neste país que estão instaladas fábricas de grandes empresas, como a Ferrero, a Mondelez e a Mars, ou até a alemã Ritter Sport, que exporta para cerca de 100 países.
A Bélgica, famosa pelas suas chocolatarias tradicionais, de venda de bombons a avulso, está em segundo lugar no ranking. Mais de metade das exportações belgas são para a Europa, seguida Ásia e da América do Norte. Segue-se a Itália, que com empresas líderes como a Ferrero, que exporta cerca de 7,3%.
Os cinco primeiros lugares do ranking são ocupados por países europeus, estando a Polónia na quarta posição e os Países Baixos na quinta.
Conheça os restantes países exportadores de chocolate:
Posição | País | Valor das exportações (dólares) | Quota mundial |
1 | Alemanha | 5,6 mil milhões | 16,70% |
2 | Bélgica | 3 mil milhões | 9% |
3 | Itália | 2,5 mil milhões | 7,30% |
4 | Polónia | 2,4 mil milhões | 7,10% |
5 | Países Baixos | 2,1 mil milhões | 6,30% |
6 | Canadá | 2 mil milhões | 5,90% |
7 | Estados Unidos | 1,7 mil milhões | 5,10% |
8 | França | 1,5 mil milhões | 4,30% |
9 | Reino Unido | Mil milhões | 3% |
10 | Suíça | 900 milhões | 2,70% |