Cantores e bandas estão a entregar os seus direitos musicais a grandes produtoras. A tendência cresceu quando os confinamentos da COVI-19 interferiram nas tournées, já que os artistas recorreram às vendas por catálogo como forma de gerar rendimentos.
No entanto, apesar do desconfinamento, esta movimento não cessou e mais artistas continuam a vender os seus direitos autorais a diferentes companhias discográficas
Os mais recentes artistas a “aderir” a este género de acordos foram Phil Collins, Mike Rutherford e Tony Banks, os quais venderam os direitos das suas músicas individuais e dos seus trabalhos conjuntos na banda Genesis para o Concord Music Group Inc. nos seus catálogos.
O valor do negócio é de US $ 300 milhões.
O acordo inclui os direitos autorais de publicação, fluxos de receita de música gravada e os masters individuais de Collins, Rutherford e Banks, juntamente com os masters dos Genesis – mas exclui o trabalho do ex-membro do Genesis, Peter Gabriel.
Phil Collins e Genesis venderam os seus direitos musicais por US $ 300 milhões: como é que isso se compara a outros ícones do rock?
O caso dos Genesis e de Phil Collins não é isolado. Vários outros cantores têm cedido ao “canto das sereias” proposto pelas empresas discográficas.
Bruce Springsteen vendeu, por exemplo, os direitos de publicação da sua música gravada e composição por quase US$ 500 milhões, disseram fontes à Forbes, em dezembro do ano passado.
Paul Simon vendeu o seu catálogo por US$ 250 milhões em março de 2021.
Bob Dylan vendeu o seu catálogo gravado para a Sony Music por mais de US$ 150 milhões em janeiro, um ano depois de vender o seu catálogo de composições para o Universal Music Publishing Group por US$ 400 milhões.
O espólio de David Bowie vendeu o catálogo musical do falecido cantor em janeiro para a Warner Chappell Music, supostamente por mais de US$ 250 milhões.
Neil Young vendeu 50% dos seus direitos de publicação no ano passado para o Hipgnosis Songs Fund por US$ 150 milhões.
Lindsey Buckingham, dos Fleetwood Mac, vendeu os seus direitos de publicação para a Hipgnosis, Stevie Nicks cedeu uma parte dos seus direitos para a Primary Wave por US$ 100 milhões e Mick Fleetwood vendeu os seus direitos autorais para a BMG, cobrindo o negócios os seus trabalhos individuais e as suas músicas escritas para a banda.
Sting também não fugiu à tendência, tendo vendido o seu catálogo em fevereiro por cerca de US$ 300 milhões.
Músicos da velha guarda não são, contudo, os únicos a fazer acordos relativamente aos seus catálogos de música.
Justin Timberlake vendeu o seu catálogo musical para a Hignosis em maio por mais de US$ 100 milhões.
Jason Aldean vendeu uma parte do seu catálogo para a Spirit Music, também por US$ 100 milhões. Foi relatado este mês que Kanye West estava discretamente a negociar um acordo, mas o rapper veio afirmar nas redes sociais que os seus direitos não estavam à venda e estavam a ser disponibilizados sem o seu conhecimento.
Em face desta tendência, a curiosidade é agora saber qual será o próximo artista a vender os seus direitos?