Com o novo ano à porta, a Cetelem, marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance, fez as contas e concluiu que paira no ar algum otimismo face a 2024. Ainda que só 16% dos inquiridos no Observador Natal 2023 avaliem o ano que termina como “muito positivo” e 7% o classifiquem como “péssimo”, a verdade é que são mais aqueles (41%) que se mostram otimistas em relação ao próximo ano, sendo quase o dobro do final de 2022 (24%).
De acordo com o mesmo estudo da Cetelem, a inflação ao longo do ano com impacto transversal na vida dos cidadãos, o aumento das taxas dos empréstimos bancários ou das rendas das casas serão alguns dos fatores a pesar na balança, levando 49% (vs. 46% em 2022) a manifestar uma opinião negativa quanto à sua situação pessoal.
No que se refere à situação do país, 81% dos inquiridos manifestam uma opinião negativa (vs. 68% no final de 2022), com 37% a avaliar a situação económica atual como pior do que há um ano. A faixa etária mais velha (55-74 anos) é aquela que faz uma avaliação pior do ano. Mas é entre os mais jovens (18-24 anos) que a perceção do país é pior.
Os inquiridos revelam estar esperançosos em relação a 2024 e até avançam com os novos projetos e resoluções que têm em mente, por exemplo, em relação a viagens. Assim, oito em cada dez desejam viajar, para fora de Portugal (38%) ou em Portugal (37%). Os mais jovens, dos 18 aos 24 anos, são os que planeiam viajar para fora do país, enquanto a faixa etária dos 45 aos 54 anos pretende viajar “entre portas”.
Na lista de resoluções para 2024 os inquiridos incluem outras metas, como praticar desporto (34%), remodelar a casa (27%), começar uma poupança (24%), comprar um carro novo (23%), adotar uma alimentação mais saudável (22%), mudar de emprego (17%) ou retomar os estudos (11%).
E porque se está em vésperas de saldos, houve sete em cada dez dos inquiridos que admitiu “a intenção de aproveitar os saldos de janeiro, nomeadamente para compras tardias de Natal, como forma de poupança”, pode ler-se no mesmo estudo.