Portugal ocupa o 38º lugar na nova edição do Ranking da Competitividade Digital do Institute for Management Development (IMD), elaborado pelo World Competitiveness Center (WCC). A economia nacional caiu quatro lugares face a 2021 e está agora atrás de países como o Cazaquistão, Arábia Saudita ou a Malásia.
Na edição deste ano, a Dinamarca assume-se como a economia global mais competitiva ao nível do digital, enquanto os EUA perderam a liderança e passaram a ocupar o 2º lugar. Ambos os movimentos são os primeiros desde o início do ranking, em 2017. O pódio é completado pela Suécia, que manteve o 3º lugar face a 2021.
No que toca a Portugal, a classificação explica-se pelo “agravamento da confiança empresarial em aspetos relacionados com a facilidade de recrutamento de talentos com experiência internacional e conhecimento digital, o financiamento de investimentos tecnológicos e a preparação das empresas para responder a choques externos”, referem os analistas do relatório.
No que toca ao nível de proteção da privacidade dos utilizadores da Internet garantido pela lei, um novo indicador introduzido no ranking da Competitividade Digital este ano, Portugal ocupa o lugar mais alto.
O ranking anual quantificou as capacidades de 63 economias globais para adotar e explorar novas tecnologias digitais, utilizando-as para transformar práticas governamentais, a economia local, global e as suas comunidades.
As classificações foram atribuídas com base num total de 54 critérios, que vão desde dados externos (dois terços do total) ao IMD Executive Opinion Survey (um terço), que se divide em três grandes pilares: preparação para o futuro, conhecimentos sobre tecnologia e aplicação dada aos mesmos.
No capítulo dos conhecimentos tecnológicos (lista liderada pela Suíça), Portugal passou de 32º para 29º classificado.
Esta foi a avaliação do estudo a respeito de Portugal:
“Esta classificação descreve a importância dos fatores nacionais para explicar a transformação digital das empresas e a adoção de práticas digitais pelos cidadãos. As nações digitais resultam de uma combinação de talento digital, regulação digital, governação de dados, atitudes digitais e disponibilidade de capital”, diz Arturo Bris, Diretor do World Competitiveness Center.
Na edição classificativa deste ano, critérios como “Capacidade de cibersegurança governamental” e “proteção da privacidade por lei” foram introduzidos no ranking de 2022, fornecidos pelo Digital Society Project.
A decisão, justifica o WCC, relaciona-se com “a globalização, os avanços no campo das tecnologias digitais e a pandemia global, que tornaram as economias mais interligadas e transferiram ainda mais partes das nossas interações comerciais e pessoais para a Internet, aumentando enormemente os ataques cibernéticos. As capacidades de cibersegurança, tanto a nível empresarial como governamental, tornaram-se de importância primordial”.
Esta é a classificação global, com a respetiva legenda mais abaixo: