Com a recente subida de valor da criptomoedas, sobretudo a bitcoin, que ultrapassou esta semana a barreira dos 97.892 dólares (cerca de 92.907 euros), muito se tem falado sobre esta indústria. Os bilionários da criptomoeda, aqueles que construíram as suas fortunas em torno da mineração e trading deste ativos, estão cada vez mais ricos. Em apenas 15 anos, as criptomoedas evoluíram de um ativo de nicho para um papel de relevo no sistema financeiro internacional, em muito impulsionadas por alguns dos investidores mais ricos do mundo, como Elon Musk, que anunciou ter comprado bastantes lotes de bitcoin através da Tesla.
Ásia é a região que está a dominar este movimento crescente, em que o número de proprietários de moeda digital subiu de 268 milhões em 2023 para 326 milhões em 2024, num crescimento de 21,8%.
Segundo o relatório The State of Global Cryptocurrency Ownership in 2024, realizado pela Triple-A, instituição financeira sediada em Singapura, são já mais de 560 milhões de pessoas que detém moedas digitais, o que corresponde a cerca de 6,8% da população mundial. Em 2024 houve um crescimento de 33% de novos proprietários, já que o relatório de 2023 da mesma instituição apontava para um total de 420 milhões de proprietários.
A Ásia é a região que está a dominar este movimento crescente, em que o número de proprietários de moeda digital subiu de 268 milhões em 2023 para 326 milhões em 2024, num crescimento de 21,8%. Segue-se a América do Norte com 72,2 milhões de proprietários, o que representou um aumento de 38,6%. Entretanto, na América do Sul, a posse de criptomoedas subiu de 25,5 milhões para 55,2 milhões, e também a Europa registou um crescimento substancial, com os números a subirem de 30,7 milhões para 49,2 milhões, num acréscimo de 60,3%. África registou um aumento mais moderado, de 40,1 milhões para 43,5 milhões, um aumento de 8,5%, e a Oceania, em último por número absoluto – apenas 3 milhões de proprietários, mas com um elevado crescimento, que alcançou os 114,3%.
Criptomoeda: A maior taxa de propriedade é nos Emirados Árabes Unidos
Analisando por país, a maior taxa de propriedade de criptomoeda (rácio entre o número de proprietários pela população total) é nos Emirados Árabes Unidos, com uma percentagem de 25,3%, o que representa uma queda face a 2023, que atingia os 30%. Segue-se Singapura, com uma taxa de 24,4% e a Turquia com 19,3%. Argentina aparece em quarta posição, com 18,9% e a Tailândia, em quinto, com 17,6%.
Curiosamente, a Europa não é muito vanguardista nesta temática, sendo que o primeiro país que aparece neste ranking, a Suíça, está em 15º posição, com uma taxa de 11,5%.
Conheça a seguir o top 15 dos países com maior taxa de proprietários de criptomoedas no mundo em 2024.
1 – Emirados Árabes Unidos – 25,3%
2 – Singapura – 24,4%
3 – Turquia – 19,3%
4 – Argentina – 18,9%
5 – Tailândia – 17,6%
6 – Brasil – 17,5%
7 – Vietname – 17,4%
8 – Estados Unidos – 15,5%
9 – Arábia Saudita – 15%
10 – Malásia – 14,3%
10 – Hong Kong – 14,3%
12 – Indonésia – 13,9%
13 – Coreia do Sul – 13,6%
14 – África do Sul – 12,4%
15 – Suíça – 11,5%