Das 32 equipas que iniciaram a fase de grupos do Mundial 2023, apenas quatro continuam em prova. O torneio chegou às meias-finais e uma coisa é certa: Um novo país vai levantar a taça. Até este ano apenas Estados Unidos, Japão, Alemanha e Noruega foram campeãs mundiais, mas estas quatro seleções ficaram pelo caminho. A decisão está entre Espanha, Suécia, Austrália e Inglaterra.
A primeira seleção a carimbar passagem para as ‘meias’ foi a Espanha, depois de vencer os Países Baixos. Esta foi a primeira vez que as espanholas conseguiram chegar a esta fase da competição. A Suécia bateu o Japão por 2-1 e retirou do Mundial as vencedoras de 2011. A Austrália, anfitriã do torneio ao lado da Nova Zelândia, levou o jogo contra França para penaltis, mas acabou por vencer. As campeãs da Europa também não deixaram escapar a “final four”: A Inglaterra venceu a Colômbia por 2-1.
Espanha
O crescimento do futebol feminino espanhol tem sido evidente ao longo dos últimos anos. Ainda assim, a chegada às meias-finais é, até agora, o melhor resultado que a equipa conseguiu num Mundial.
A “la roja” entrou no torneio com duas vitórias, mas o último jogo da fase de grupos foi um balde de água fria para a equipa e adeptos: derrota por 4-0 frente ao Japão. Seguiu-se um jogo contra a Suíça, que terminou com uma vitória por 5-1 e uma enorme prestação de Aitana Bonmatí, e a vitória no tempo extra contra os Países Baixos.
A Espanha conta com a melhor jogadora do mundo, vencedora da Bola de Ouro em 2021 e 2022, Alexia Putellas. Aitana tem sido o grande destaque deste torneio, com três golos e duas assistências.
Suécia
A Suécia venceu os cinco jogos que disputou até agora no Mundial 2023. No total, sofreu apenas dois golos e conseguiu eliminar os Estados Unidos, as ainda campeãs do mundo. De todas as equipas em prova, a sueca é uma das mais habituadas a estas fases finais. A seleção europeia já subiu ao pódio três vezes: foi vice-campeã em 2003, quando perdeu a final contra a Alemanha, e ficou em terceiro lugar duas vezes, em 1991 e 2011.
A guarda-redes Zecira Musovic tem sido uma das jogadoras do torneio. Amanda Ilestedt também não para de surpreender e é uma das candidatas à Bota de Ouro, depois de ter marcado quatro golos.
Austrália
A vitória frente a França já colocou a Austrália na melhor posição de sempre na história dos Mundiais. Nas outras quatro vezes em que jogou o torneio, a equipa não conseguiu passar dos ‘quartos’.
A poucos dias do Mundial começar, a lesão de Sam Kerr, a maior estrela da equipa, fez soar os alarmes no balneário da equipa, mas as restantes jogadoras provaram estar à altura do desafio. Os resultados que foram conquistando foram colocando a Austrália como uma possível vencedora.
A grande vantagem desta equipa é o facto de estarem a jogar em casa. A Austrália, assim como a Nova Zelândia, tem vivido o Mundial da forma mais intensa possível e as Matildas sentem esse apoio dentro das quatro linhas.
Inglaterra
As campeãs da Europa querem agora conquistar o mundo. No caminho para a final terão pela frente a Austrália e um estádio cheio de australianos eufóricos com as boas prestações da sua seleção.
A ausência de Lauren James, que entrou no Mundial em grande forma, é um problema. A jogadora do Chelsea foi expulsa no jogo frente à Nigéria e está a cumprir dois jogos de castigo. James só regressa caso as Lionesses cheguem à final.
O que não falta são outros nomes grandes na equipa de Sarina Wiegman. Chloe Kelly, Lucy Bronze, Keira Walsh ou Mary Earps são alguns exemplos.
Olhando para os encontros entre a Inglaterra e a Austrália, que começaram em 2011, as duas seleções obtiveram duas vitórias e um empate.
Espanha e Suécia são as primeiras a entrar em campo, na próxima terça-feira, (9h). Inglaterra e Austrália decidem no dia seguinte (11h) quem é a segunda finalista do Mundial 2023.