Desde 2016 que o Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências é comemorado a 11 de fevereiro, data aprovada pelas Nações Unidas.
A efeméride visa dar destacar a necessidade de uma participação igualitária das mulheres nas chamadas STEM (acrónimo de Science, Technology, Engineering and Mathematics – Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
Isto porque apenas 28% dos estudantes licenciados em engenharia e só 33,3% dos profissionais de investigação de todo o mundo são mulheres, de acordo com o Relatório de Ciência da UNESCO: Para 2030 (2021).
A falta de mulheres com carreiras profissionais STEM contribui para esses números baixos e as raparigas, que acabam por evitar carreiras científicas e, consequentemente, não se tornarão referências STEM para as raparigas e rapazes do futuro.
No contexto desta data, a marca automóvel Seat levou a sua diretora dos Serviços de Energia e Carregamento, Sara Riera, a visitar uma turma do 5º ano da American School of Barcelona para mostrar às alunas a experiência de uma mulher na ciência.
Mudar o mundo a partir da sala de aula
Na visita feita, Riera contou à turma como descobriu que queria seguir uma carreira STEM: “Eu tinha a vossa idade, estávamos na aula de matemática e a minha melhor amiga olhou para mim e disse de forma muito séria ‘Odeio matemática’, e pensei ‘Odeias? Eu adoro!'”, explica.
Na sala de aula, esboçam-se os primeiros sorrisos. “Foi aí que percebi que a maioria também não gostava, e isso fez-me sentir especial; vi que tinha a oportunidade de trabalhar em algo que me apaixona e contribuir para a sociedade”. A partir desta conversa casual, Riera decidiu focar a sua carreira na matemática e engenharia, o que a levou à sua função atual de ajudar a Seat a criar soluções de mobilidade sustentável.
“Qual é a melhor parte do seu trabalho?”, pergunta a aluna Soraya. Riera tem uma resposta muito clara: “Faço do mundo um sítio melhor”. Como responsável pelos serviços de eletrificação da Seat, a engenheira tem a certeza que o futuro é elétrico e será avaliado pela diversidade.
“Por que devemos seguir carreiras STEM?”, pergunta Aya, outra estudante. “A questão é: e por que não?”, responde. “Se gostas das áreas, é o melhor que podes fazer, porque podes trazes diversidade ao talento: tu, ou tu, ou tu, podem ser as designers ou as engenheiras de um dos automóveis elétricos do futuro”, diz.
Este encontro insere-se numa iniciativa da Seat para levar as mulheres líderes em STEM da empresa até raparigas e rapazes entre os 8 e os 17 anos de diferentes escolas por ocasião do Dia Internacional das Mulheres e das Raparigas na Ciência (11 de fevereiro).
“Queremos que tanto as raparigas como os rapazes se inspirem em mulheres engenheiras, matemáticas, cientistas, e que possam dizer: ‘Quero ser como ela’”, adianta Benjamin Ramírez, chefe do departamento de Culture, Change & Diversity da Seat.
Na sala de aula, Sara passa uma mensagem à audiência que a ouve atentamente: “As mulheres não têm muitas referências em STEM, por isso trabalhem arduamente, persigam os vossos sonhos e serão vocês as grandes referências para as raparigas do futuro e para todo o mundo, incluindo para mim”.