O presidente Joe Biden não resistiu aos vários pedidos para desistir da recandidatura e anunciou que vai terminar a sua campanha presidencial para 2024 e apoiar a vice-presidente Kamala Harris como sua substituta. Joe Biden justifica a decisão como sendo “do melhor interesse do meu partido e do país renunciar”.
O anúncio da desistência surge numa carta em que o governante norte-americano diz que pretende “concentrar-se exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o resto do meu mandato”, até janeiro de 2025.
Ao mesmo tempo endossou a vice-presidente Kamala Harris logo a seguir a divulgar a carta, dizendo que dá à sua número dois o seu “apoio total” e refere que a escolha de a ter como a sua companheira de campanha para 2020 como a “melhor decisão que tomei”.
“É altura de nos unirmos e derrotarmos Trump”, escreveu Biden na rede social X. E acrescentou que “a minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E tem sido a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer o meu total apoio e recomendação de Kamala para ser a candidata do nosso partido este ano”.
Joe Biden renunciou ao cargo depois de dezenas de democratas no Congresso o terem instado a fazê-lo e depois de uma série de informações segundo as quais os líderes democratas no Congresso estavam a trabalhar nos bastidores para o pressionar a pôr termo à candidatura.
Nos últimos meses Biden tem sido questionado sobre se seria demasiado velho para cumprir outro mandato, mas o partido foi-lhe dando apoio até àquela que foi considerada uma desastrosa atuação no debate de 27 de junho, em que, pareceu muitas vezes confuso, deu respostas desconexas e falou com uma voz suave e rouca. Este desempenho levou a uma onda de reações de especialistas, meios de comunicação, celebridades, doadores e democratas eleitos.
A decisão de Biden de abandonar a corrida nesta fase do ciclo eleitoral não tem precedentes na política moderna e cria uma corrida desenfreada para encontrar o seu substituto, poucas semanas antes de o partido escolher formalmente o seu candidato numa votação nominal virtual na primeira semana de agosto.
O nome de Kamala Harris tem ganho pontos como eventual sucessora nas sondagens que têm sido divulgadas nas últimas semanas face a outros potenciais candidatos democratas e até mesmo em relação a Joe Biden.
Num estilo igual a si próprio, o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump já reagiu afirmando que Joe Biden foi o pior presidente da história e que será mais fácil derrotar Kamala Harris.
Com Forbes Internacional/Sara Dorn