A vice-presidente Kamala Harris é a substituta mais provável do presidente Joe Biden, caso este desista da sua candidatura presidencial em 2024 – o que alguns democratas de topo pensam que poderá acontecer já este fim de semana – e está a ter um desempenho idêntico ao de Biden nas sondagens frente a frente com Trump.
Uma série de sondagens realizadas na sequência do debate presidencial de 27 de junho mostrou que Harris tinha um desempenho praticamente idêntico ao de Biden contra Trump (que há meses que lidera por uma pequena margem), e sondagens mais recentes, após a tentativa de assassinato de Trump, mostram tendências semelhantes.
Harris também tem obtido melhores resultados do que outros democratas geralmente apontados como candidatos substitutos de Biden, mas as sondagens não têm em conta o facto de os meses de campanha poderem mudar a perceção dos eleitores sobre muitos dos candidatos menos conhecidos que não têm o benefício do reconhecimento nacional como Harris tem.
Uma sondagem YouGov (margem de erro de 3,1) realizada entre 13 e 16 de julho e divulgada na quinta-feira concluiu que Biden perderia para Trump por 41% a 43%, enquanto Harris teria um desempenho ligeiramente pior, perdendo para Trump por 39% a 44%.
Uma sondagem Reuters/Ipsos realizada e divulgada na terça-feira – após a tentativa de assassinato de Trump – concluiu que tanto Biden como Harris estão praticamente empatados estatisticamente com Trump, mas 69% dos inquiridos consideram Biden demasiado velho para trabalhar no governo (margem de erro de 3,1).
A empresa de sondagens democrata Bendixen & Amandi concluiu que Harris venceria o antigo presidente por 42% a 41% (margem de erro de 3,1) numa sondagem divulgada a 9 de julho e obtida pela primeira vez pelo Politico, enquanto Biden, Whitmer e Newsom estão todos atrás de Trump.
Uma sondagem da YouGov, realizada entre 3 e 6 de julho, revelou que mais democratas e independentes com tendência democrata preferem Biden a Harris como candidato, 47% a 32%, enquanto 21% disseram não ter a certeza (margem de erro 4).
Uma análise das sondagens da Five Thirty Eight revelou que as probabilidades de Harris ganhar o Colégio Eleitoral contra Trump são ligeiramente superiores às de Biden (38% contra 35%), mas quando são incorporados vários fatores económicos e políticos, além das sondagens, a Five Thirty Eight concluiu que as probabilidades de Biden ganhar nos swing states e no Colégio Eleitoral contra Trump são superiores às de Harris – 48% contra 31%.
Uma sondagem Reuters/Ipsos divulgada a 2 de julho (margem de erro de 3,5) concluiu que Harris perderia para Trump por um ponto, Biden empataria com Trump, enquanto quatro governadores que têm sido apontados como potenciais substitutos de Biden – a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, o governador do Kentucky, Andy Beshear, e o governador do Illinois, J.B. Pritzker – teriam todos um desempenho pior do que Biden e Harris contra Trump.
Numa sondagem da CNN/SSRS (margem de erro de 3,5), realizada entre 28 e 30 de junho, Harris superou Biden e três outros potenciais candidatos habitualmente apontados para o substituir, num hipotético confronto com Trump – mas mesmo assim perderia para o antigo presidente por dois pontos (enquanto Biden perderia para Trump por seis pontos).
(Com Forbes Internacional/Sara Dorn e Molly Bohannon)