Acompanhe a discussão e votação desta iniciativa parlamentar:
Apesar de condenada ao fracasso, pela forma como os grupos parlamentares anunciaram o seu sentido de voto, a moção de censura ao governo lançada pela Iniciativa Liberal (IL) não deixa de ser relevante, dado que surge num contexto de crise governamental, após uma dezena de demissões, entre secretários de Estado e ministros, na equipa liderada por António Costa, Primeiro-Ministro.
Esta é, aliás, a segunda moção de censura que o Executivo enfrenta desde que iniciou funções, a 30 de março de 2022, após a maioria absoluta obtida nas eleições legislativas.
A primeira moção foi apresentada pelo Chega, em julho. Nessa ocasião, a moção não passou. Teve apenas o voto a favor do Chega. PS, PCP, BE, PAN e Livre votaram contra e PSD e IL optaram pela abstenção.
Polémica na TAP
Esta segunda moção de censura ao Governo também não será aprovada, surgindo após a demissão de Pedro Nuno Santos do cargo de ministro das Infraestruturas e da Habitação, devido à indemnização de 500 mil euros, paga pela TAP (que estava sob a sua tutela) a Alexandra Reis, que se demitiu, por essa razão, do cargo de secretária de Estado do Tesouro.
Para o cargo de ministro das Infraestruturas foi nomeado o até agora secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba.
A moção de censura é apresentada pela IL “em defesa das instituições e pelo fim da degradação política e social a que o Governo tem conduzido o país”.
Quem vota a favor da moção de censura: Iniciativa Liberal e Chega.
Quem vota contra a moção de censura: Livre, PS e PCP.
Quem se abstém: PSD e Bloco de Esquerda.