A Salsa Jeans, marca de jeans e vestuário em denim do universo da Sonae, abriu o primeiro espaço na Índia, em Nova Deli. Esta entrada num novo mercado representa mais um passo na expansão de internacionalização da Salsa, que já está presente em mais de 40 países. O espaço foi inaugurado na Coyu, loja multimarca do grupo Lyskraft, que já conta com experiência em negócios de outros setores. A nova loja está localizada no Ambience Mall Vasant Kunj, um dos maiores centros comerciais da região e que atrai um público de perfil premium, dada a sua oferta de marcas de prestígio e luxo. Em entrevista à Forbes Portugal, o CEO da Salsa Jeans, Hugo Martins, realça que a internacionalização tem sido uma bandeira e não esconde que a meta para o futuro é fazer chegar a marca a cada vez mais mercados. Os Balcãs, Escandinávia ou América Latina são algumas das regiões que estão no radar.
Com estas novas entradas, qual o peso dos mercados externos para as vendas da Salsa Jeans?
A Salsa Jeans é uma marca já presente em mais de 40 países, uma internacionalização que representa cerca de 70% das vendas da empresa. Portugal continua a ser um mercado muito relevante na operação, mas os mercados externos têm vindo a fazer o seu percurso, com uma fatia já muito expressiva das vendas.
Até agora, como avalia esta aposta no exterior?
A internacionalização tem sido uma bandeira da Salsa Jeans ao longo dos anos e o nosso objetivo é que assim continue, temos os olhos postos no futuro e em fazer chegar o nosso produto a cada mais mercados. A avaliação destas novas apostas, resultado do trabalho dos últimos anos, é muito positiva, a marca tem sido muito bem recebida, criando uma ligação natural e sólida com os seus novos clientes. É um processo de aprendizagem contínuo e muito rico para as nossas equipas, que recebem feedback externo, aplicando-o da melhor forma possível ao produto, aos processos e à comunicação feita localmente, permitindo-nos melhorar consecutivamente em novos mercados.
Em que mercados ainda fará sentido a Salsa investir?
Estamos atentos a oportunidades que possam surgir em praticamente qualquer ponto do globo, temos uma equipa de expansão muito ágil e que avalia cuidadosa e rapidamente de que forma pode ou não ser proveitoso para nós entrar em novas geografias. Neste momento, estamos focados sobretudo nas regiões da Europa em que já temos presença, mas que continuam a representar possibilidades de crescimento muito relevantes, como os Balcãs ou a Escandinávia. A América Latina é, também, uma região muito interessante para nós, na qual, temos vindo a fazer prospeção de mercado, caso surjam oportunidades interessantes, com potencial para a marca.

Em Portugal ainda equacionam reforçar a presença?
A nossa operação em Portugal é muito capilar, temos cerca de 60 lojas próprias, loja online e diversos pontos de venda multimarca em todo o país, pelo que diria que é relativamente difícil reforçar a presença da Salsa Jeans com novas lojas. O nosso objetivo para os próximos meses, que vemos como um reforço efetivo da nossa presença de marca, é renovar e requalificar parte do nosso parque de lojas, algumas delas icónicas no espólio da Salsa Jeans, para que a experiência de compra seja ainda melhor e mais interessante para todos aqueles que nos visitam.