O fundador da Microsoft Bill Gates apoiou a candidata democrata às eleições, Kamala Harris, com uma doação secreta de 50 milhões de dólares (46,3 milhões de euros), noticiou o jornal The New York Times (NYT).
Gates, um dos homens mais ricos do mundo, disse em privado a três fontes diferentes que fez recentemente a doação a uma organização sem fins lucrativos que apoia a candidatura da vice-presidente, avançou o jornal na terça-feira.
No entanto, o antigo diretor executivo da Microsoft não tornou público o apoio financeiro a Harris.
“Apoio os candidatos que demonstram um compromisso claro com a melhoria dos cuidados de saúde, a redução da pobreza e a luta contra as alterações climáticas nos EUA e em todo o mundo (…) Tenho uma longa história de trabalho com líderes de todo o espetro político, mas esta eleição é diferente, com uma importância sem precedentes para os norte-americanos e para as pessoas mais vulneráveis em todo o mundo”, afirmou Gates num comunicado ao NYT.
A organização filantrópica de Gates, a Fundação Bill & Melinda Gates, está preocupada com potenciais cortes nos programas de planeamento familiar e de saúde global caso o ex-presidente republicano Donald Trump seja eleito, disseram duas pessoas que falaram ao jornal diário.
Ainda de acordo com o NYT, Gates expressou preocupação em telefonemas a amigos com uma segunda presidência de Trump, embora tenha sublinhado que podia trabalhar com qualquer um dos candidatos.
A doação de Gates foi especificamente para o braço sem fins lucrativos da Future Forward, que não divulga a identidade dos doadores, referiu o jornal.
É por isso que nenhuma contribuição de Gates aparece em documentos públicos.
No NYT lê-se ainda que a razão pela qual alguns doadores estão a optar por contribuir secretamente é porque temem repercussões de Trump se este ganhar as eleições de 05 de novembro.
Quem não manteve secretas as doações foi o empresário Elon Musk, a pessoa mais rica do mundo, que investiu mais de 75 milhões de dólares (69,4 milhões de euros) para ajudar Trump no regresso à Casa Branca.
Lusa