O ministro das Relações Exteriores da República de Angola, Téte António, veio a Lisboa garantir que a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP será presencial e que a presidência angolana irá fazer com que o pilar económico ganhe um lugar de destaque.
Em declarações à imprensa, depois da reunião com o secretário executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, o chefe da diplomacia angolana sublinhou que “a presidência nunca é tábula rasa. Quando se assume uma presidência é para dar continuidade ao que a organização já tem feito”. Ainda assim, Téte António realçou que cada presidência “traz a sua contribuição para que a nossa organização continue com a mesma vitalidade que já tem”.
Angola assume a presidência da CPLP durante a Cimeira de chefes de Estado e de Governo agendada para 16 e 17 de julho, sucedendo a Cabo Verde, cujo mandato foi prolongado mais um ano devido à pandemia da Covid-19.
Assumindo que o tema da livre circulação de cidadãos já está na ordem do dia, o governante destacou que “também precisamos de falar do fator económico. A presidência angolana gostaria muito de ver o pilar económico ocupar um lugar de destaque entre nós”. Isto porque “podemos circular, mas se não consolidarmos as nossas economias, se não reforçarmos a nossa cooperação a própria circulação será afetada”, alertou o chefe da diplomacia angolana.
Para o ministro das Relações Exteriores de Angola “é preciso que este pilar económico encontre o seu lugar, não só nos nossos textos, mas também na nossa prática”. Numa altura em que as economias continuam afetadas pela propagação do coronavírus, Téte António sublinhou que “todos estamos de acordo que a pandemia não pode parar a vida. Isso significa que é preciso adaptar as nossas economias, os nossos métodos para esta fase de pandemia”. E perceber, saindo-se desta crise sanitária, “como vamos recuperar as economias que foram tanto afetadas”, salientou a mesma fonte. Para o conseguir, destacou “a necessidade de juntarmos os nossos esforços porque ninguém vai poder fazer isto sozinho. Penso que a CPLP é uma plataforma que oferece condições para o efeito”.
Questionado sobre se é certa a realização presencial da Cimeira de Chefes de Estado, o governante assumiu que se está a trabalhar para a transferência progressiva da presidência da CPLP de Cabo Verde para Angola e a avaliar com o secretariado os últimos detalhes “para que a presidência e a Cimeira de Luanda sejam um sucesso”.
Mesmo com o cenário de pandemia Téte António garantiu não só que a Cimeira será presencial como se irá obedecer a todas as medidas de segurança que hoje se cumpre em todo o mundo. E assegurou que em “todas as atividades que vão ter lugar, incluindo a comemoração do 25º aniversário da CPLP, vamos respeitar as medidas”.