Sonae termina acordo com Isabel dos Santos e assegura controlo da NOS

A Sonae informou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que a sua subsidiária Sonaecom, em reunião da Assembleia Geral da Zopt, deliberou cessar o vínculo que mantinha com a holding Zopt. Como contrapartida, a Zopt entregou à Sonaecom as ações representativas que tinha no capital social da NOS, no valor de 26,075%, resultado…
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A Sonae termina a ligação com as empresas de Isabel dos Santos na holding Zopt e passa a deter uma participação na NOS de cerca de 36,8% do capital social e dos direitos de voto.
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A Sonae informou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que a sua subsidiária Sonaecom, em reunião da Assembleia Geral da Zopt, deliberou cessar o vínculo que mantinha com a holding Zopt.

Como contrapartida, a Zopt entregou à Sonaecom as ações representativas que tinha no capital social da NOS, no valor de 26,075%, resultado de 134 322 268 ações ordinárias.

Por força desta amortização a Sonaecom deixa de ser acionista da Zopt, a qual passa a ser integralmente detida pela Unitel International Holdings e pela Kento Holding Limited, ambas sociedades controladas pela empresária Isabel dos Santos.

A Zopt detinha, até aqui, o controlo da operadora NOS, já que era dona de 52,15% do seu capital: 26,075% na posse de Isabel dos Santos (através das suas duas empresas) e 26,075% para a Sonaecom.

Estrutura acionista da NOS a 30 de junho de 2022, anterior, portanto, a esta alteração

Esta venda altera a estrutura acionista da NOS. Isto porque passa a ser imputável à Sonae uma participação na NOS de cerca de 36,8% do capital social e dos direitos de voto nessa sociedade, por efeito da participação direta no capital e direitos de voto na NOS de que a Sonae é titular (10,780%) e da imputação indireta dos votos relativos à referida percentagem de 26,075% que, uma vez concluídos os trâmites, passará a ser diretamente detida pela sua subsidiária Sonaecom.

Esta alteração, que já estava prevista desde 2020, vem na sequência da polémica do caso Luanda Leaks.

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