Não há quem destrone do topo da lista dos mais ricos as quatro mulheres herdeiras da fortuna do selfmade man, Américo Amorim, falecido em julho de 2017. O empresário, que esteve alguns anos presente na lista dos bilionários da Forbes Internacional – a família continua a ser a única portuguesa presente, situando-se na posição 554 -, não partiu do zero, uma vez que herdou um negócio familiar cuja raiz remonta a 1870, mas que engrandeceu ao longo dos anos. Na origem da sua fortuna esteve a Corticeira Amorim e Irmãos, fundada em Mozelos, Santa Maria da Feira, pelos nove filhos de António Alves Amorim, detentor de uma produção de rolhas de cortiça.
Atualmente a Corticeira Amorim tem uma capitalização bolsista de quase 1,3 mil milhões de euros. Com presença mundial e uma faturação que superou pela primeira vez os mil milhões de euros, o grupo é um importante ativo na mão do ramo familiar de Américo Amorim, e do seu irmão, António Ferreira Amorim. Na data escolhida para a avaliação da Forbes Portugal, o dia 2 de outubro, a empresa cotava a 9,79 euros.
Com uma fortuna avaliada em 4,8 mil milhões de euros, as quatro herdeiras de Américo Amorim são as mais ricas de Portugal, detendo importantes participações na Galp, Corticeira Amorim, Amorim Luxury, herdades e imobiliário
As herdeiras de Américo Amorim têm ainda uma importante fatia na Galp, a maior empresa portuguesa, avaliada pelos mercados em mais de 10 mil milhões de euros. Paula Amorim, a mais velha das três irmãs, é presidente do Conselho de Administração da Galp e a sua irmã Marta é membro não executivo do mesmo. Paula fundou ainda o Grupo Amorim Luxury, que detém a Fashion Clinic, e a JNcQoi, marca na área da restauração e hotelaria. Investiu ainda num projeto na Comporta, onde surgirá o primeiro hotel da família. O grupo chegou a ter uma parcela de 10% na Tom Ford, mas foi alienada, em 2022, à Estée Lauder por cerca de 250 milhões de euros.
Marta Amorim sucedeu, em 2020, à irmã Paula na liderança da holding familiar, a Amorim Holding II SGPS. Luísa, a mais nova, dedicou-se ao negócio dos vinhos, gerindo as propriedades familiares ligadas à viticultura, enologia e enoturismo. A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, que lidera, tem vindo a tornar-se uma das referências na produção de vinhos no Douro. Apesar do desaparecimento do empresário fundador, a fortuna familiar não foi afetada, e pelo contrário continua a crescer, ultrapassando já os 4,8 mil milhões de euros.
Conheça aqui o top ten da lista da Forbes dos 50 mais ricos de Portugal.