Portugal é o país da União Europeia que tem a maior proporção de patrões sem instrução ou com o ensino básico, apesar da melhoria registada nos últimos anos, segundo dados divulgados pela Pordata.
Num retrato sobre o mercado de trabalho em Portugal, no âmbito do 1.º de Maio (Dia do Trabalhador), a Pordata destaca que quase metade dos trabalhadores por conta própria como empregadores (44%) têm, no máximo, até ao 9.º ano de escolaridade.
No entanto, verifica-se uma evolução positiva face aos 60% registados há 10 anos.
A Pordata realça que, por outro lado, em 2023, os trabalhadores por conta de outrem em Portugal estavam igualmente distribuídos por nível de escolaridade: 1/3 até ao 9.º ano, 1/3 com ensino secundário e 1/3 com curso superior.
Segundo os dados, o maior aumento de trabalhadores por nível de ensino, em 10 anos, registou-se nos licenciados (+10 pontos percentuais) e a maior diminuição nas pessoas com o 1.º ciclo do ensino básico, ou seja, o 4.º ano (-7 pontos percentuais).
Em 2013, 1,2% dos trabalhadores por conta de outrem não tinham nenhum ciclo de ensino, 13,3% tinha o primeiro ciclo, 13,8% o segundo ciclo e 22,4% o terceiro ciclo, enquanto 25,7% tinha o ensino secundário e pós-secundário e 23,6% o ensino superior.
Em 2023, 0,5% não tinham nenhum ciclo de ensino, 6,3% tinham o primeiro ciclo, 8,9% o segundo ciclo, 18,2% o terceiro ciclo, 33% ensino secundário e pós-secundário e 33,1% o ensino superior.
Lusa