Mais de 30 milhões de dólares foram pagos pelo YouTube aos artistas e criadores, nos últimos três anos, segundo revelou recentemente a sua CEO, Susan Wojcicki, quando fazia uma retrospetiva e analisava os mais novos avanços da plataforma.
Na sua primeira carta aberta de 2021 dirigida aos criadores, em que estabeleceu também as metas para o futuro, Susan Wojcicki referiu que, apesar dos desafios do ano passado, impostos sobretudo pela pandemia, a economia do YouTube “está incrivelmente forte e saudável”.
Os dados avançados pela gestora mostram ainda que o número de canais que se juntaram ao Partner Program, meio pelo qual os criadores ganham receita de propagandas, mais que duplicou em 2020, face ao ano anterior, sem, no entanto, avançar mais dados.
Além disso, citando pesquisa realizada pela Oxford Economics, Susan afirmou que o YouTube foi responsável por cerca de 16 mil milhões de dólares do PIB dos EUA em 2019, o que se traduziu na criação de 345.000 empregos em tempo integral. Já no Reino Unido, o contributo para o PIB foi de aproximadamente 1,4 mil milhões de euros, o equivalente a 30.000 empregos, enquanto que em França estima-se que este contributo tenha ascendido aos 515 milhões de euros, com a criação de cerca de 15.000 empregos a tempo inteiro.
A CEO da plataforma afirma que, no primeiro trimestre de 2020, o YouTube verificou um crescimento na ordem de 25% no tempo de visualização em todo o mundo, sendo que, na primeira metade do mesmo ano, o total de transmissões em direto aumentou para 45%, através de vários shows realizados por muitos artistas em casa e as missas online realizadas pelas igrejas.
“O YouTube ajudou a aproximar as pessoas, mesmo quando permanecemos separados. No ano passado, mais espectadores do que nunca vieram à nossa plataforma aprender novas competências, encontrar informação precisa sobre a Covid-19 e reconstruir comunidades online”, ressaltou.
Para 2021, a meta da empresa passa por aumentar a receita de produtores de conteúdo, que são os parceiros, melhorar a comunicação sob temas sensíveis e reforçar o e-commerce na plataforma, assim como pôr maior transparência nas políticas.
A CEO esclareceu que é prioridade continuar a atualizar a abordagem de responsabilidade para que as pessoas encontrem informação de alta qualidade, quando vêm à plataforma. “O YouTube está sempre a trabalhar para encontrar o equilíbrio adequado entre a abertura e a responsabilidade, à medida que vai ao encontro das regras definidas pelos governos de todo mundo”, precisou.
Por outro lado, Susan Wojcicki revelou que a maior plataforma de streaming de vídeos do mundo, eliminou mais de meio milhão de vídeos com informações falsas sobre a Covid-19, desde fevereiro do ano passado, no quadro da sua política que visa remover a desinformação médica flagrante sobre a pandemia, “como dizer que o vírus é uma farsa ou promover curas não comprovadas”.
Garantiu que as equipas têm estado a trabalhar em contato com mais de 85 autoridades de saúde locais, em todo o mundo, para ajudar a conectar as pessoas às informações de confiança.
Com sede em San Bruno, na Califórnia, a plataforma de compartilhamento de vídeos, YouTube, foi criada por três ex-funcionários do PayPal – Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim – em fevereiro de 2005. Pouco mais de um ano depois, em novembro de 2006, a Google comprou o site por 1,65 bilhão de dólares, funcionando desde então como uma das suas subsidiárias.