O CEO da Web Summit afirmou esta quarta-feira que o trabalho do ministro é garantir que a infraestrutura é perfeita e o dele é trazer as melhores pessoas do mundo a Lisboa.
Paddy Cosgrave reagia, assim, ao ministro das Infraestruturas, que disse na terça-feira estranhar a posição pública da Web Summit, sobre alegada falta de capacidade do aeroporto de Lisboa para receber voos privados durante o evento, e acusou “um dos fundadores” de “excesso de linguagem”.
Questionado sobre o tema, em conferência de imprensa na véspera do fim da cimeira tecnológica em Lisboa, Paddy Cosgrave referiu que viu “esta manhã” os comentários do ministro sobre o aumento de 70% dos pedidos de voos privados num ano.
“O trabalho dele é garantir que a infraestrutura é perfeita, o meu trabalho é trazer as melhores pessoas do mundo a Lisboa e definir quem são as melhores pessoas. Mas penso que este é um dos muitos indicadores de algo interessante ou positivo”, acrescentou o CEO da Web Summit.
Sobre se a Web Summit vai para a China, Cosgrave afirmou: “É bem possível que a China venha à Web Summit em Lisboa em números cada vez maiores”.
“E acho que consideraríamos ir para lá”, referiu.
Sobre o local da cimeira tecnológica, cujo contrato para se realizar em Lisboa termina em 2028, o CEO disse ter ouvido “rumores de um novo e enorme local em Lisboa”, sem adiantar pormenores. “Isso seria incrivelmente entusiasmante”, mas ainda falta tempo até 2028 e “tenho a certeza de que daqui a dois anos terei de discutir isso”, rematou.
“Em 102 voos que foram pedidos, só sete é que foram negados e foram negados por várias razões e, portanto, manifestamente, foi – eu diria – por parte de um dos fundadores da Web Summit um excesso de linguagem aquilo que ele transmitiu”, afirmou na terça-feira o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, em declarações à Lusa, à margem de uma visita às instalações da Siderurgia Nacional, no Seixal (Setúbal).
O jornal Expresso noticiou no passado sábado, citando o Financial Times, que vários jatos privados com destino a Lisboa estavam a ser desviados para Badajoz, em Espanha, “devido à falta de capacidade do aeroporto da capital portuguesa durante a Web Summit”.
A informação foi confirmada pela própria organização do evento, que admitiu ter recebido queixas de delegados forçados a aterrar longe de Lisboa.
(LUSA)





