Web Summit: Maria Sharapova incrédula com transformação tecnológica no ténis

A antiga tenista Maria Sharapova mostrou-se incrédula com a transformação tecnológica do desporto na recuperação dos atletas desde o término da carreira, durante um painel na noite de abertura da Web Summit, em Lisboa. “Deixei o desporto há cinco anos e tem sido incrível assistir à transição, na forma como os atletas se preparam para…
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Maria Sharapova foi uma das oradoras na noite de abertura da Web Summit, que começou em Lisboa em 2016 e tem realização garantida até 2028.
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A antiga tenista Maria Sharapova mostrou-se incrédula com a transformação tecnológica do desporto na recuperação dos atletas desde o término da carreira, durante um painel na noite de abertura da Web Summit, em Lisboa.

“Deixei o desporto há cinco anos e tem sido incrível assistir à transição, na forma como os atletas se preparam para os jogos e a forma como recuperam dos jogos. Lembro-me de gastar muito tempo com o meu treinador, a navegar por diferentes vídeos, para os compilar num de dois minutos para estudar o jogo da adversária. Agora, é possível fazê-lo numa questão de minutos. Ver como os atletas também levam a sério a recuperação é impressionante”, realçou, na cimeira de tecnologia.

Num painel com a temática “Jogadas mais inteligentes: como a IA está a mudar o jogo”, Maria Sharapova começou por atirar, perante uma MEO Arena repleta, que a última vez que viu um público assim e esteve tão nervosa “foi a jogar no US Open”.

“Uma das razões que me faz amar tanto desporto é que é muito relacionado com instintos. Aprendi ao longo destes anos que, quanto mais inteligente um jogador é, melhores os seus instintos se tornam. Num tie-break de terceiro set, poderemos já não pensar em certos aspetos, porque já os aprendemos, sabemos que existem e que são certos. Eu era cética, mas agora consigo ver os benefícios disso”, frisou.

A ex-líder do ranking mundial e vencedora de cinco torneios do Grand Slam, de 38 anos, lembrou que, quando iniciou a carreira, estava mais distante dos fãs, por treinar longe deles e também por, naquela altura, existirem poucas redes sociais.

“Estou particularmente curiosa com o prolongamento da carreira dos atletas. Tem havido tantas inovações nos campos da biomecânica e da medicina, que poderão prolongar e permitir a um atleta jogar muitos mais anos. Há distintas maneiras de inteligência artificial que podem ajudar os atletas a prolongar a carreira. Todos nós temos atletas favoritos e gostaríamos de os ver competir mais tempo”, expressou.

Nesta edição da Web Summit, que decorre até dia 13 de novembro, são esperados mais de 70 mil participantes, acima de 2.500 startups a exibir os seus produtos e serviços e mais de mil investidores.

(LUSA)

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