A Via Verde, através da sua subsidiária holandesa MOVE-IZI, começa amanhã, dia 7, a operar na gestão de cobrança de portagens na A24, uma autoestrada que serve a zona de Roterdão, nos Países Baixos. Esta operação marca a internacionalização da empresa que, até agora, entrava noutros mercados através da casa-mãe, o grupo Brisa.
Em comunicado, a Via Verde detalha que a MOVE- IZI já tem cerca de 60 mil veículos registados. “Esta é a terceira portagem a ser introduzida nos Países Baixos, que gradualmente estão a adotar o princípio do utilizador-pagador nas principais infraestruturas do país, por razões de sustentabilidade ambiental e de responsabilidade financeira na gestão das finanças públicas”, pode ler-se no documento. A empresa de gestão de cobrança de portagens eletrónicas explica ainda que o contrato para a cobrança de portagens na A24 inclui os dois anos de implementação do sistema de portagens e cinco anos de operação, podendo ser prolongado por mais dois períodos de dois anos cada.
O presidente da comissão executiva da subsidiária do grupo Brisa, Eduardo Ramos, realça que “este é um momento muito importante no processo de internacionalização da Via Verde, uma vez que vamos operar num mercado extremamente exigente e sofisticado, em particular ao nível da sustentabilidade, qualidade, dimensão e cobertura da sua rede de autoestradas, considerada uma das melhores do mundo”.
A autoestrada em causa é também conhecida como túnel de Blankenburg, vai servir a área metropolitana de Roterdão, que alberga um dos maiores portos do mundo, recebendo mercadorias de todos os continentes. O sistema de portagens eletrónicas instaladas pela Via Verde e que vai gerir, “está assente em tecnologia nacional, hardware e software, desenvolvidos pela A-to-Be, a empresa de tecnologia para infraestruturas do Grupo Brisa”.
Em outubro, a Via Verde anunciou ter ganho um segundo contrato nos Países Baixos com o consórcio Triangle, que foi selecionado pela autoridade neerlandesa dos transportes (RDW) para implementar um novo sistema de cobrança eletrónica de portagens para pesados, com tecnologia de geolocalização, a arrancar em meados de 2026.
A Via Verde conta com 33 anos de atividade, serve cerca de 5,1 milhões clientes e processa 600 milhões transações por ano numa rede de três mil quilómetros.