O Parlamento Europeu aprovou a recondução de Ursula von der Leyen para cumprir mais cinco anos à frente a Comissão Europeia. A candidatura de von der Leyen a um segundo mandato foi aprovada pelos eurodeputados por 401 votos a favor, 284 votos contra, 15 abstenções e sete votos nulos.
A presidente do executivo camarário precisava de uma maioria absoluta de 361 votos, entre 720, para garantir a sua reeleição.
O Parlamento Europeu aprovou, assim, a proposta do Conselho Europeu feita no final de junho.
No discurso que fez que antecedeu a votação, Ursula von der Leyen prometeu aos eurodeputados não aceitar a “polarização extrema das sociedades” europeias e que “demagogos e extremistas destruam” a União Europeia (UE).
“Estou convencida de que a versão da Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com todas as suas imperfeições e desigualdades, continua a ser a melhor versão da história. Nunca ficarei a assistir ao seu desmembramento por dentro ou por fora, nunca permitirei que a polarização extrema das nossas sociedades seja aceite, nunca aceitarei que os demagogos e os extremistas destruam o nosso modo de vida europeu e, estou aqui hoje, pronta para liderar a luta com todas as forças democráticas desta casa [assembleia europeia]”, afirmou Ursula von der Leyen.
Intervindo perante os eurodeputados na sessão plenária, na cidade francesa de Estrasburgo, a líder do executivo comunitário indicou estar “profundamente preocupada” com a “clara tentativa de dividir e polarizar as sociedades”, que causam “ansiedade e incerteza” aos cidadãos.
“Estou convencida de que a Europa, uma Europa forte, pode estar à altura do desafio, e é por isso que vos peço hoje a vossa confiança”, adiantou.
Após a candidata do Partido Popular Europeu se ter vindo a reunir nos últimos dias com as bancadas parlamentares (como Socialistas, Liberais, Verdes e Conservadores) para apelar ao aval destes parlamentares, Ursula von der Leyen apresentou o seu programa e as suas propostas para a reeleição.