A Portugal Ventures investiu na Unlock Boutique Hotels (UBH), passando também a ser acionista desta empresa especializada na gestão de hotéis boutique.
Esta aposta da sociedade de risco, embora não tenham sido avançados números do investimento, surge num momento em que a UBH aumentou o seu portefólio de hotéis boutique passando de 15 para 19 unidades em 11 destinos, entre Portugal Continental e, agora, também nos Açores.
Para além da Portugal Ventures, a UBH conta também com dois outros novos acionistas individuais na sua estrutura, Renato Homem (atual diretor-geral) e Pedro Marques da Costa (diretor de operações), dois quadros internos que investiram numa empresa que aumentou o capital e se transformou em sociedade anónima.
Adrian Bridge, também ele fundador, mantém-se acionista, juntamente com o CEO, Miguel Velez, os quais, juntos, permanecem como os acionistas maioritários da UBH.
A Unlock, criada para agregar múltiplos hotéis de charme num grupo com estrutura profissionalizada, entra, assim, numa nova fase da sua expansão, beneficiando da posição de mercado e do investimento do operador público de capital de risco, a Portugal Ventures.
“É com muito entusiasmo que recebemos no nosso portefólio de participadas a Unlock Boutique Hotels, que apresenta uma equipa de gestão com larga experiência no setor do turismo e que em conjunto com o know-how da nossa equipa e dos nossos parceiros inicia assim um novo ciclo de expansão, no sentido de consolidar o seu posicionamento como o operador hoteleiro de referência de unidades de alojamento de charme, espalhadas por Portugal continental e ilhas. É igualmente um investimento que evidencia o esforço da Portugal Ventures em continuar a apostar num dos setores mais dinâmico da nossa economia, e que irá com toda a certeza contribuir de forma relevante para a qualificação da oferta turística nacional”, refere Pedro de Mello Breyner, vogal executivo da Portugal Ventures.
Segunda fase da estratégia
“À entrada para o sétimo ano de atividade, o reforço da estrutura acionista permite avançar de imediato para a segunda fase da estratégia definida para a Unlock, manifestando assim a maturidade atingida pela Unlock Boutique Hotels, que em 2016 era uma start-up e hoje é já a segunda maior operadora de hotéis boutique em Portugal”, explica Miguel Velez, fundador e CEO da empresa.
“A elevação do portefólio da Unlock para 19 unidades em onze destinos materializa o capital de confiança obtido por uma gestão dinamizadora do crescimento e consolidação de operações dos nossos parceiros”, refere Miguel Velez, da UBH.
“A associação do parceiro de referência do capital de risco em Portugal, a Portugal Ventures, reforça esse reconhecimento do mercado e investidores, e reforça o suporte financeiro para uma operação que pretendemos que venha a ser líder de mercado até final da década”, conclui o presidente-executivo da Unlock Boutique Hotels.
“Em Portugal, somos já a segunda empresa de gestão de hotéis Boutique e assumimos a ambição de virmos a ser o nº1”, refere Miguel Velez, um objetivo que para ser alcançado implica ultrapassar a Pestana Pousadas, ainda que em nenhum momento Miguel Velez tenha mencionado este grupo hoteleiro concorrente, na apresentação à imprensa.
A mais-valia do Unlock Boutique Hotels
Desde que surgiu, em 2016, a UBH tem inovado no setor do turismo, oferecendo a pequenas unidades isoladas a capacidade de ganharem escala pelo facto de estarem integradas num grupo altamente profissional no modo como gere os hotéis, sem, porém, perderem a sua identidade.
A partir de agora, beneficiando também do reforço de capital de várias proveniências e de competências de gestão da Portugal Ventures, a UBH implementará uma nova estratégia de gestão de ativos, juntando ao conceito de “management fee” o arrendamento de hotéis boutique, sendo esta uma das grandes novidades, ao que se acrescenta o investimento no mercado e na tecnologia para criar mais-valor aos seus hotéis.
Ou seja, o grupo passará a ter hotéis próprios. De acordo com Miguel Velez, a estimativa é que, dentro de cinco a sete anos, o UBH tenha oito hotéis próprios para arrendamento. A fatia do arrendamento deverá vir a representar entre 30 a 40% no portefólio da UBH.
Também nesse espaço de tempo, o objetivo é incrementar os ativos do grupo, dos atuais cerca de 60 milhões de euros para 200 milhões de euros.
Localização dos quatro hotéis
Os quatro novos ativos do portefólio da UBH estão localizados na zona do Douro, na região Oeste, em Óbidos, e na ilha do Pico, no arquipélago dos Açores.
Em todos, a nota dominante é a exclusividade do serviço e das instalações: o hotel Senhoras Rainhas está entre muralhas na vila de Óbidos, com vista para as muralhas do castelo; o Lavandeira Douro Nature&Wellness, em Baião, oferece o charme de uma quinta senhorial duriense do século XVIII à beira do Rio Ovil e rodeada de vinhedos; o Quinta de Cabanas, sobranceiro ao leito do Douro e com infraestruturas de relaxe que incluem piscinas interior e exterior de água salgada; e o Pico Vineyards, a primeira incursão da UBH fora do território continental português num dos produtos que, acredita a UBH, “muito rapidamente se tornará referência máxima nos Açores”.
Estas quatro novas unidades acrescentam cerca de uma centena de quartos à oferta que os hotéis da UBH já apresentam.