Neste dia 9 de maio, em que se celebra o Dia da Europa, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República português, entende que “é vital, sem iliberalismos nem nacionalismos, cuidarmos das nossas democracias, sem as quais não existe União Europeia”.
Realçando o “projeto único de unidade e solidariedade” europeu, “que nos convoca a todos, políticos e cidadãos europeus”, Marcelo reitera, “em nome de Portugal, o compromisso para com os princípios e valores fundadores da nossa União, que reputamos como fundamentais: a dignidade humana, a liberdade, a igualdade, a democracia, o Estado de Direito, o respeito e promoção pelos Direitos Humanos, o pluralismo, a não discriminação, a tolerância, a justiça social”.
Evitar erosão de valores comuns
“Num tempo de incerteza, de imprevisibilidade e de crise, assume de sobremaneira importância garantir que as fortes mudanças em curso na União Europeia, nas suas fronteiras e no mundo mais alargado, não potenciem uma erosão destes valores comuns”, evidencia o Presidente.
“Forjada em crises, como vaticinou Jean Monnet, a Europa tem vivido sob o espectro da emergência cíclica”, refere Marcelo Rebelo de Sousa, dando como exemplo as emergências dos efeitos da pandemia, do embate da inflação, do choque da guerra na Ucrânia, do alarme nacionalista, do risco protecionista e do perigo do fechamento político e social.
“Hoje, mais do que nunca, impõe-se que saibamos encontrar inspiração nos que, ao longo das últimas sete décadas, sonharam e ambicionaram uma Europa unida pela Paz, pela esperança, pelo bem-estar e futuro de prosperidade para todos os europeus, mas também solidária e acolhedora para os que nos procuram e necessitam do nosso apoio firme”, diz o Presidente que cita Simone Veil, a primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu: “O destino da Europa e o futuro do mundo livre estão inteiramente nas nossas mãos”.
“A Europa e os milhões de europeus merecem que acreditemos no seu futuro”, afirma o Presidente da República.
Para o Presidente português, “a Europa e os milhões de europeus merecem que acreditemos no seu futuro e numa União pioneira – no clima, na energia, no digital, no conhecimento e em tantas outras áreas cruciais -, e sobretudo atuante, liderante, mais determinada e determinante do que nunca”.
Nesse contexto, “Portugal tem um papel a desempenhar em todos estes desafios. O seu cumprimento projetará o nosso país, assegurará o bem-estar do nosso povo, e contribuirá para que a Europa ultrapasse a fase das emergências cíclicas e entre na fase, tantas vezes adiada, de maior autoconfiança partilhada entre Estados e povos”, conclui Marcelo.