A União Europeia (UE) lançou uma investigação sobre a empresa X, de Elon Musk, por causa da forma como lidou com conteúdos violentos e desinformação sobre a guerra entre Israel e o Hamas, aumentando a pressão sobre as empresas de redes sociais para que reforcem os esforços de moderação, numa altura em que só crescem as críticas de que não estão a fazer o suficiente para combater os conteúdos problemáticos.
A Comissão Europeia informou que enviou um pedido formal à X para obter informações sobre “conteúdos ilegais e desinformação” alegadamente difundidos na plataforma, em especial discursos de ódio e conteúdos terroristas e violentos.
O pedido destina-se a determinar se a X, que Musk adquiriu como Twitter no ano passado, está a cumprir a nova Lei dos Serviços Digitais (DSA), uma legislação tecnológica que impõe sanções duras às empresas que não consigam impedir a difusão de conteúdos nocivos.
A investigação marca o primeiro passo para o que poderá vir a ser a primeira investigação formal sobre a adesão de uma empresa ao DSA e a UE disse que a X tem até quarta-feira para responder a perguntas relacionadas com o seu “protocolo de resposta a crises”. A X terá até ao final do mês para responder a outras questões relativas ao tratamento de queixas, protocolos de avaliação de riscos e políticas relativas a conteúdos ilegais.
A falta de resposta ou o fornecimento de informações incorrectas, incompletas ou enganosas poderá levar a X a ser multada em até 5% do seu volume de negócios global diário e as violações da DSA podem custar a uma empresa até 6% do volume de negócios global e, potencialmente, à suspensão da plataforma.
Musk, em resposta à notícia da investigação sobre a X, queixou-se de que a UE ainda não tinha enviado à empresa “quaisquer exemplos” de desinformação ou de conteúdos violentos que alegadamente estariam a ser difundidos na plataforma.
(Com Forbes internacional/Robert Hart)