O caminho agora, nas palavras do dono da Barraqueiro, é fazer uma TAP à nossa medida e não à medida de Bruxelas. O que seria garante, “desastroso”.
Quando em 1967 o jovem Humberto Pedrosa, então com 20 anos, assumiu a empresa Barraqueiro comprada pelo pai Artur, decerto não pensava que um dia viria a ser acionista de uma transportadora aérea, através da sua holding pessoal HPGB, SGPS. Mas o espírito empreendedor que faz do empresário oriundo de Mafra um dos principais investidores privados no setor dos transportes – com presença na rodovia, ferrovia, metros ligeiros e segmento fluvial – voltou a falar mais alto quando, em 2014, foi relançada a privatização da TAP.
Na altura, o dono do grupo Barraqueiro avançou como potencial comprador com o sócio de nacionalidade brasileira e norte-americana, David Neeleman, através do consórcio Atlantic Gateway. O negócio com o Estado ficou fechado em 2015, com o consórcio a deter 45% do capital da companhia de bandeira nacional.
Em entrevista exclusiva à FORBES, Humberto Pedrosa assume que este salto surge porque “houve oportunidade de crescer numa outra área do transporte que desconhecíamos. Mas era um desafio interessante porque, no fundo, é transporte”.