Em Portugal, as mulheres estão a assumir um papel cada vez mais relevante na agricultura e na vitalidade das zonas rurais. De acordo com dados divulgados pela Corteva Agriscience e pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), 33,3% das explorações agrícolas do país são atualmente geridas por mulheres, uma proporção um pouco acima da média europeia, que se situa nos 30,1%.
Com o objetivo de reforçar esta presença e promover o empreendedorismo feminino no setor agroalimentar, a Corteva e a CAP lançaram a 6.ª edição do Programa TalentA, que reconhece e apoia projetos inovadores liderados por mulheres no meio rural. A iniciativa oferece um prémio de 5.000 euros, formação especializada e uma campanha de visibilidade para a vencedora, além de apoio profissional e formação para as duas finalistas.
As candidaturas decorrem entre 6 de novembro de 2025 e 15 de janeiro de 2026, através do site do programa.
Criado em 2019, o TalentA já formou mais de 1.500 mulheres em diferentes países, promovendo práticas sustentáveis, digitalização e inovação nas zonas rurais.
Em Portugal, o programa TalentA tem vindo a destacar projetos que combinam tradição e sustentabilidade com novas abordagens à produção agrícola e ao desenvolvimento local.
Quase metade da população rural portuguesa é composta por mulheres, muitas delas diretamente envolvidas em atividades agrícolas ou agroalimentares. Ainda assim, persistem desafios ligados ao acesso ao financiamento, à formação e à visibilidade, fatores que o programa procura mitigar.
O projeto vencedor da edição de 2025 será anunciado em fevereiro e receberá apoio financeiro, acompanhamento técnico e formação. Os três projetos finalistas terão ainda direito a uma campanha de promoção e visibilidade.
Presente em países como Espanha, Roménia, México, Chile e Argentina, o TalentA foi reconhecido como um caso de sucesso no Parlamento Europeu, pela forma como contribui para o empoderamento das mulheres rurais.
