Um banco CPLP para alavancar trocas comerciais

O timorense Zacarias da Costa assume hoje o secretariado-executivo da CPLP, sob a presidência de Angola, defendendo medidas mais práticas e com foco económico no âmbito da Comunidade. Um acordo global de dupla tributação entre os Estados-membros e o reconhecimento de descontos de segurança social são exemplos da aposta na cooperação económica, cujo apogeu seria…
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Zacarias da Costa, o novo secretário-executivo da CPLP, lança o desafio e defende ainda um acordo global de dupla tributação entre os Estados-membros.
Economia

O timorense Zacarias da Costa assume hoje o secretariado-executivo da CPLP, sob a presidência de Angola, defendendo medidas mais práticas e com foco económico no âmbito da Comunidade.

Um acordo global de dupla tributação entre os Estados-membros e o reconhecimento de descontos de segurança social são exemplos da aposta na cooperação económica, cujo apogeu seria a criação de um banco CPLP.

A “ideia da criação de um banco de investimento” comum, um banco a que se soma a “marca da CPLP”, que pode alavancar as trocas comerciais é já uma ideia defendida por muitos empresários que querem uma aposta maior da Comunidade na economia.

“Eu penso que há dez anos, quando se começou a falar, sabíamos que não havia uma predisposição, que existe hoje” e, entretanto, “o mundo mudou” e “os desafios de hoje são diferentes dos desafios de há dez anos”.

Por isso, defendeu “que é chegada a hora” de “olhar para esta questão económica de uma forma séria, até porque a situação pós pandemia exigirá que a CPLP dê um salto neste desafio, que é criar condições para uma maior cooperação económica”.

O antigo ministro de Timor quer ainda potenciar “o facto de estarmos em regiões bastante diferentes nos quatro continentes, integrados em blocos regionais diferentes, o que é até uma oportunidade para podermos encontrar sinergias, para poder reforçar ainda mais essa cooperação”.

Recorde-se que integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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