A “Agenda Acelerar e Transformar o Turismo” vai canalizar 151 milhões de euros num conjunto de projetos de inovação com destaque para a área da digitalização e da transição climática.
De acordo com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) esta agenda é promovida por um consórcio empresarial e académico, dinamizado por este órgão, pelo Turismo de Portugal e pelo NEST – Centro de Inovação do Turismo. Este foi um dos 51 projetos selecionados por vários peritos nacionais e internacionais no âmbito das Agendas Mobilizadoras para a inovação empresarial do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A CTP salienta que este projeto “é essencial para o cumprimento das metas do Plano Reativar o Turismo e para que a atividade turística possa enfrentar os desafios do atual contexto altamente competitivo no pós-pandemia”.
O mesmo órgão explica que através da ‘Agenda Acelerar e Transformar o Turismo’, pretende-se “contribuir para a alteração do perfil de especialização na área do turismo e na economia portuguesa em geral; dotar as empresas de maior capacidade tecnológica e de inovação, permitindo também uma requalificação e especialização dos recursos humanos e a redução das emissões de CO2, tendo em conta a transição climática necessária”. E realça que os investimentos desta Agenda estão centrados no turista, para dar resposta ao quadro competitivo entre destinos turísticos. Este cenário implica, refere a CTP, “um novo padrão de oferta em toda a jornada do turista, para chegar a um patamar mais exímio na eficiência e na proposta de valor adequada para os novos padrões de consumo e de sustentabilidade”.
Citado em comunicado, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, acredita que “com o reforço dos apoios públicos anunciados de 930 milhões de euros para 3.000 milhões de euros estão criadas as condições para dar resposta aos projetos de investimento apresentados pelo turismo”.
Francisco Calheiros lembra ainda que “fortemente impactado pela pandemia, o turismo, maior cluster exportador do País, mobilizou um conjunto de empresas que incluem uma grande parte dos seus setores – alojamento, aeroportos, rent-a-car, transportes, animação turística, termas, cultura e património – e entidades com responsabilidades na gestão do território e da promoção e comunicação do destino turístico”. O presidente da CTP destaca que os 151 milhões de euros serão canalizados para as áreas da inovação, digitalização e transição climática, “temas chave onde o turismo quer ser um parceiro essencial no desenvolvimento do País, sendo a atividade turística motor da economia nacional”.