Tribeca Festival: Os destaques do primeiro dia

A Forbes marcou presença no primeiro dia de Tribeca Festival em Lisboa. O dia que ficou marcado pelo desenvolvimento de uma boa história, o papel de ator e diretor ou o talento internacional, começou com duas conferências de imprensa com os fundadores e organizadores do festival e alguns dos nomes grandes do cinema. Kick-Off Whoopi…
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O Tribeca Festival chegou pela primeira vez a Lisboa e a Forbes esteve presente. Veja alguns dos destaques e as imagens das conversas que marcaram o primeiro dia do festival.
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A Forbes marcou presença no primeiro dia de Tribeca Festival em Lisboa. O dia que ficou marcado pelo desenvolvimento de uma boa história, o papel de ator e diretor ou o talento internacional, começou com duas conferências de imprensa com os fundadores e organizadores do festival e alguns dos nomes grandes do cinema.

Kick-Off

Whoopi Goldberg foi uma das protagonistas deste momento inicial. A atriz que se estreou nos cinemas com o filme “Citizen”, em 1982, e que ganhou destaque com “A Cor Púrpura”, de Steven Spielberg, falou à imprensa juntamente com Patty Jenkins, Griffin Dunne, Jon Kilik e Chazz Palminteri.

Foto: TRIBECA FESTIVAL LISBOA

A atriz começou por defender a vinda do festival até Lisboa, sublinhando que “é importante mostrar o que é feito aqui, mostra-lo ao mundo e em outros festivais”. E depois partilhou uma história que a marcou e lhe deixou uma nota positiva sobre Portugal: “Quando cheguei a minha mente explodiu porque ao andar pelo aeroporto, vi dois pilotos e seis hospedeiros de bordo, eles eram todos negros. Algo que nunca vi na minha vida”, lembrou sobre a sua chegada ao Aeroporto de Lisboa.

No segundo momento desta conferência estiveram Robert De Niro, Jane Rosenthal, Francisco Pedro Balsemão e Carlos Moedas. O ator, que criou o festival com Rosenthal há 22 anos, confessou que quando fundaram o projeto não imaginaram que um dia estaria em Lisboa. “Há mais de 20 anos, quando criámos este festival em Nova Iorque, não imaginávamos que ia continuar por tantos anos e, que um dia, viria para a Europa”, disse. Ainda assim, “é uma ótima oportunidade para conhecer novas pessoas e novas culturas. É tudo positivo”.

Foto: TRIBECA FESTIVAL LISBOA

Nada a perder

“Se eles não me dão um bom produto, então eu escrevo um. E comecei a escrever sobre um assassinato que eu vi quando tinha nove anos”, contou Chazz Palminteri durante um dos painéis do dia.

Foto: TRIBECA FESTIVAL LISBOA

Demorou 10 meses a escrever o guião e depois precisou pedir dinheiro emprestado para fazer as coisas acontecer: “Fiz o filme e a minha vida explodiu, fui de ninguém a alguém”, contou. Só que para isso acontecer foi obrigado a ouvir o seu instinto. As pessoas que se mostraram interessadas na história não o queriam a fazer o papel de Sonny, queriam atores que estavam em destaque na indústria na altura. “Eu disse: Não, eu faço o Sonny”, afirmou. O ator confessa que não tinha nada a perder, uma vez que tinha apenas 200 dólares no banco, e por isso recusou todas as ofertas que foi recebendo – incluindo uma no valor de 1 milhão de dólares.

Eis o que se seguiu: Interpretou a sua história, Robert De Niro viu e um dia disse-lhe: “Tu deves interpretar o Sonny porque é a tua vida”. E foi assim que a sua vida mudou completamente. “Um Bairro em Nova Iorque” estreou em 1993.

Um bom guião ou uma boa performance?

Um dos temas discutidos durante o mesmo painel que o ponto anterior, que contou também com Victoria Guerra, Joana Vicente, Albana Jerónimo, Patrícia Vasconcelos e Pedro Lopes foi a importância de um bom guião e de uma boa performance – e qual dos dois é essencial para o produto final.

“Acho que temos que ter o melhor dos dois mundos”, defendeu Victoria Guerra. Mas tendo em conta que às vezes uma pequena performance de poucos minutos consegue salvar um filme inteiro, e torna-lo memorável, a atriz acabou por escolher uma boa performance.

Foto: TRIBECA FESTIVAL LISBOA

“Sem um bom guião, desculpem, mas não temos nada. Sem um bom guião, podes ter os melhores atores do mundo, o melhor diretor, os melhores produtores, mas se o guião é mau, o filme é mau”, afirmou Chazz Palminteri.

Atores que se tornam diretores

Este foi o tema do painel que contou com Griffin Dunne, Daniela Ruah e Francisco Froes.

“A determinada altura, representar tornou-se menos interessante para mim e eu quis ser diretor. E por estranho que pareça, eu sabia exatamente o que fazer no primeiro dia”, confessou Dunne.

Foto: TRIBECA FESTIVAL LISBOA

Daniela Ruah estreou-se como diretora na série de grande sucesso NCIS, da qual participa também como atriz. “Como atriz eu estou focada na jornada da minha personagem, o que lhe acontece e porquê, como diretora é o meu trabalho contar toda a história e garantir que cada personagem e cada ator está a contar a sua parte da história de uma forma coesa e interessante. É diferente, não é só qual é o meu papel aqui, é garantir que todos os papeis fazem sentido dentro da história.

Foto: TRIBECA FESTIVAL LISBOA

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