A Lota da Esquina é o novo espaço da autoria do Chef Vítor Sobral que se estende por dois pisos alusivos aos quatro elementos água, fogo, terra e ar. Além da oferta gastronómica, o espaço está preparado para receber eventos de diversos formatos, sejam particulares ou corporativos.

O restaurante Lota da Esquina abre hoje portas já completo. O que o público pode esperar em termos de aposta gastronómica e ambientes que se pode viver neste novo espaço?
A Lota da Esquina oferece quatro ambientes, com dois conceitos de cozinha, que giram à volta das proteínas de peixe e carne, mas onde os legumes também brilham. O restaurante está dividido em dois pisos e uma esplanada, com uma área total superior a dois mil metros quadrados. No piso zero, privilegia-se o peixe e o marisco no Espaço Água, com uma decoração em tons azuis, onde também se presta uma homenagem à comunidade piscatória de Cascais. Já no piso um, predominam as carnes e os legumes biológicos, no denominado Espaço Fogo, onde são cozinhados sobretudo em lume do carvão, com um ambiente mais cálido e exótico. Ao lado, temos o Bar Terra, onde é possível encontrar bebidas dos quatro pontos do globo e aproveitar para dançar, sempre com muita música animada. No exterior, a esplanada Ar completa a oferta, sendo esta uma excelente alternativa para os dias quentes, com uma carta igual à do Espaço Água. Posso dizer que aqui, na Lota da Esquina, o cliente pode esperar variedade, muito sabor e, acima de tudo, ingredientes de alta qualidade.

Além da componente gastronómica há também uma aposta na vertente cultural?
Os quatro espaços que compõem a Lota da Esquina podem, sem dúvida, receber eventos em diversos formatos, espaço a espaço, piso a piso ou no todo. A nossa capacidade total ronda os 400 lugares, sendo este restaurante ideal para eventos particulares ou corporativos, onde é possível fazer a instalação de tela, projetor e sistema de som. Temos também Menus de Grupo (mínimo 10 pessoas) que podem ser complementados com opções do bar. A nossa proposta é de uma experiência completa, sobretudo à noite, em que o cliente pode jantar e, de seguida, ir até ao Bar Terra e divertir-se na pista de dança a seguir, que funciona até às 02h00.

A localização em Cascais poderá alargar o leque de clientes da “marca” Vítor Sobral, como o estrangeiro?
Acredito que trazemos um produto diferenciado e de qualidade e que isso possa atrair um novo público. Quanto ao público estrangeiro, sempre que penso em restaurantes penso de forma abrangente. Com a Lota da Esquina quero conquistar o cliente local (cascalense) e o cliente de outras nacionalidades, tanto o que está a viver em Portugal como o turista, quem procura essencialmente boa comida portuguesa.

Quais os adjetivos que melhor definem a Lota da Esquina?
Talvez a expressão “Food and Fun” seja o que melhor define a Lota da Esquina. Este é um espaço onde o contemporâneo, o clássico e o tradicional se fundem em ambientes distintos, para qualquer altura do dia ou diferentes tipos de eventos.
Agora que a obra está “completa”, quais os maiores constrangimentos que enfrentou para o colocar de pé? E o que o surpreendeu pela positiva?
Os maiores constrangimentos garantidamente foram a pandemia, os efeitos posteriores desta e a dificuldade em ter mão-de-obra disponível para garantir os timings desejados. Houve também um grande constrangimento no que diz respeito à energia elétrica, que demorou mais tempo do que o previsto. Contudo, posso salientar que, pela positiva, que o que mais me surpreendeu foi a disponibilidade constante da Câmara Municipal de Cascais.

Depois da Lota da Esquina, quais os projetos que ainda tem em carteira para Portugal ou além-fronteiras?
Neste momento, todas as minhas energias estão focadas no sucesso de todas as minhas Esquinas em Lisboa (Tasca da Esquina, Taberna da Esquina e quatro padarias Pão da Esquina), e agora também em Cascais com a Lota. No Brasil, abrimos em fevereiro o segundo restaurante Tasca da Esquina, também na cidade de São Paulo. Esta expansão surge no seguimento dos bons resultados do primeiro restaurante, que foi eleito, por sete vezes, pela revista “Veja” como “O melhor restaurante Português no Brasil”, bem como por outros três importantes meios brasileiros, como a revista “Gula”, “Folha de São Paulo” e “Prazeres da Mesa”, que atribuíram prémios semelhantes, a comprovar a boa aceitação do cliente brasileiro ao tempero português. Quanto a novos projetos no futuro, neste momento, não lhe sei responder o que vai acontecer na próxima Esquina.

Há uma aposta em ter uma oferta diferenciadora…
Um dos pilares da minha cozinha é o aproveitamento de todos os cortes do animal, o que faz com que na Lota da Esquina sejam servidas também as partes menos nobres, como as miudezas bovinas, caprinas ou suínas, tutano, língua de vaca, molejas, fígado de porco ou rins de borrego, a par das mais distintas como uma costeleta vitelão dos Açores, uma perna de borrego ou uma carne maturada, a lembrar a oferta do anterior Talho da Esquina. Já o cliente fiel à antiga Peixaria da Esquina pode encontrar no espaço Água uma carta com muitos pratos de peixe iguais ou inspirados na carta antiga.
Qual o investimento realizado pelos sócios na implementação da Lota da Esquina?
É uma informação interna que preferimos não divulgar.