O segundo trimestre deste ano trouxe um aumento no tráfego online (8%) traduzido num aumento das receitas globais em e-commerce (3%).
A informação consta do Q2 Shopping Index que avalia o comportamento dos consumidores e dos lojistas no mundo digital e é elaborado pela Salesforce, empresa tecnológica multinacional líder em Customer Relationship Management (CRM).
Com dados recolhidos de mais de mil milhões de compradores nos meses de abril, maio e junho de 2021, e comparando com o mesmo período do ano anterior, conclui-se que o crescimento global na indústria do comércio digital tem sido impulsionado pela pandemia e os bloqueios resultantes do confinamento.
Curiosamente, apesar do aumento de tráfego online, a média de gasto online dos consumidores decresceu (-5%) ao contrário do que aconteceu nos primeiros três meses deste ano.
Assistimos a uma “consolidação da importância do online nas vendas de todo o comércio”, destaca a Salesforce.
Ainda assim, o segundo trimestre fechou a crescer face ao período homólogo de 2020 que tinha assistido a um aumento de 75%, impulsionado pelas medidas de confinamento por causa da pandemia, que obrigaram ao fecho de grande parte do retalho físico.
“O segundo trimestre de 2020 foi fortemente marcado pelas medidas de confinamento na tentativa de travar a pandemia causada pelo novo coronavírus, o que demonstrou um enorme salto do comércio digital superior a 70%. Agora o momento é diferente, pelo que temos de olhar para este crescimento de 3% partindo da base de um enorme crescimento passado, ou seja, como uma continuação e consolidação da importância do online nas vendas de todo o comércio”, explica Fernando Braz, Country Leader da Salesforce em Portugal.
Categorias: as que mais cresceram e diminuíram
No que se refere às categorias de produto que obtiveram um maior crescimento no segundo trimestre de 2021 (Q2 2021 vs Q2 2020), destacam-se os artigos de luxo (43%), malas de viagem (22%) e malas de senhora de luxo (17%).
As categorias que apresentaram um decréscimo neste período foram as de Produtos de Beleza e Cabelo (-36%), Comida e Bebidas (-21%) e Beleza e Maquilhagem (-19%).