Depois de há poucas semanas ter sido aprovado o acordo laboral a vigorar nos próximos dois anos, a administração da Volkswagen Autoeuropa avança agora com uma proposta de lay-off em relação à qual os trabalhadores já avisaram que não aceitarão eventuais cortes salariais.
A Comissão de Trabalhadores refere num comunicado, a que a FORBES teve acesso, que foi informada pela empresa que “irá ser aplicado lay-off nos períodos denominados como não produção no calendário recentemente divulgado”.
A administração VW Autoeuropa já tinha previsto paragens em junho e julho justificadas com a reestruturação para a descarbonização da unidade fabril.
Na próxima semana estão previstas conversações, como é legalmente exigido, entre a administração e a representante dos trabalhadores para determinar a aplicação deste regime que deverá acontecer durante oito dias em junho e 13 dias em julho.
No mesmo comunicado, a Comissão de Trabalhadores garante que “deixou bem explícito” na reunião de hoje que “no contexto em que se aplica este lay-off não irá aceitar qualquer corte de salário aos trabalhadores”.
O facto de se tratar de um cenário de investimento e reestruturação da fábrica é o argumento que os trabalhadores utilizam para recusar cortes salariais, logo que sejam pagos a 100%. Um contexto diferente do que aconteceu no ano passado quando a fábrica do universo Volkswagen foi obrigada a suspender a produção devido à escassez de peças provocadas por problemas com um fornecedor da Eslovénia.