Tipologia T1 é a primeira a ser vendida. Em 41% dos casos, em menos de um mês

A crise na habitação é já uma realidade, e infelizmente não afeta só Portugal. Este é um dos motivos para que cada vez mais, em várias capitais do mundo, os pequenos apartamentos sejam os mais procurados. No Japão, por exemplo, são muitos os cidadãos que habitam apartamentos de apenas oito metros quadrados, uma necessidade que…
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Devido à escassez global na oferta e preço elevado da habitação, as tipologias mais pequenas são as que se vendem mais rapidamente. No último trimestre, 41% dos T1 à venda no portal Idealista venderam-se em menos de um mês, e Santarém foi cidade que liderou estas vendas rápidas, com 80% dos imóveis.
Economia

A crise na habitação é já uma realidade, e infelizmente não afeta só Portugal. Este é um dos motivos para que cada vez mais, em várias capitais do mundo, os pequenos apartamentos sejam os mais procurados. No Japão, por exemplo, são muitos os cidadãos que habitam apartamentos de apenas oito metros quadrados, uma necessidade que se instalou no país, por variados fatores.

Também no nosso país se percebe que a procura por espaços pequenos começa agora a crescer. Segundo uma análise do portal imobiliário Idealista, no último trimestre as tipologias T1 foram os espaços que mais rapidamente encontram comprador.  Segundo os dados desta plataforma, 41% destes apartamentos foram transacionados em apenas um mês. E, neste campeonato, o distrito de Santarém liderou com 80% desta tipologia a ser vendida em menos de 30 dias após ser anunciada. Seguiu-se o distrito de Viana do Castelo, com uma percentagem de 56% e Ponta Delgada com 50% destes imóveis a saírem rapidamente. Aveiro, Braga, Coimbra, Funchal e Faro ficaram na fasquia entre 50% e 40%. Em Lisboa, apenas 24% dos T1 saíram do mercado em menos de trinta dias, ficando abaixo até do porto, que registou uma taxa de 28%.

No entanto, em várias capitais de distrito, como Guarda, Évora, Portalegre e Castelo Branco não se registaram vendas rápidas desta tipologia por escassez de oferta. Esta é aliás, a outra questão: os espaços pequenos vendem-se rapidamente, mas também são escassos. No caso dos T0, ou estúdios, que também se vendem rapidamente, à semelhança dos T1 – 32% vendem-se me menos de um mês – há muitas cidades sem oferta neste tipo de imóvel.

Já o T4 é a tipologia que demora mais a ser vendida, sendo que em Viana do Castelo é onde a percentagem de vendas rápidas é mais elevada, atingindo os 50%. 

Também os T2 e T3 regista forte dinamismo. Santarém volta a liderar também na rapidez de venda de T2, com 53% a serem comercializados de forma acelerada. Castelo Branco, com 43%, e Beja, com 40% são os distritos onde a venda é mais célere. No caso dos T3, Beja lidera a rapidez da venda desta tipologia, ao comercializar cerca de metade dos seus imóveis. Em várias cidades — como Portalegre e Vila Real — não se registaram vendas rápidas devido à pouca oferta nesta tipologia.

Já o T4 é a tipologia que demora mais a ser vendida, sendo que em Viana do Castelo é onde a percentagem de vendas rápidas é mais elevada, atingindo os 50%. Aveiro, com 39% e Setúbal, com 37%, são os dois distritos que se seguem. No entanto, há várias capitais de distrito nas quais não houve vendas em menos de um mês, como Beja, Castelo Branco, Faro, Funchal, Portalegre, Vila Real e Viseu. Segundo o Idealista, em cidades como Ponta Delgada, Évora e Guarda, não há dados disponíveis devido à inexistência de oferta nesta tipologia.

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