Como é que o TheFork ajuda a potenciar o mercado da restauração?
O TheFork é a plataforma líder de reservas online na restauração na Europa, e também em Portugal. Fundada em 2007, o TheFork transformou e digitalizou o mercado da restauração ao fazer a ligação entre restaurantes e clientes através de uma plataforma inovadora. Com o TheFork, os restaurantes conseguem aumentar a receita através do aumento da sua ocupação, proporcionando aos parceiros, a divulgação do seu restaurante a milhões de utilizadores, todos os meses. O TheFork fornece ainda uma solução de gestão de reservas através do seu ‘software’ – TheFork Manager – que permite a otimização de resultados ao capitalizar a flexibilidade das reservas, dos descontos (que podem multiplicar as reservas por três ou por 11, dependendo da oferta), e dos perfis dos clientes. Os restaurantes podem contar com o software TheFork Manager para otimizar reservas, gerir a sua planta de sala de modo a adaptar a sua capacidade a novas restrições, assim como atrair ou reter clientes através de soluções de CRM. Esta solução já está a ser usada em milhares de restaurantes, mais de 2500 em Portugal, e quase 80 mil no mundo inteiro.
Para o consumidor, quais são as vantagens de ir a restaurantes que estão nesta plataforma?
Para os consumidores, o TheFork tornou-se na escolha ideal para reservar um restaurante. A ferramenta permite-lhes encontrar facilmente um restaurante com base nas suas preferências, verificar a sua disponibilidade em tempo real, reservar uma mesa em poucos segundos e receber confirmação imediata 24 horas por dia. A escolha dos clientes/utilizadores é guiada por avaliações/comentários deixados por outros, assim como filtros de itens como localização, tipo de cozinha, tipo de restaurante ou preço médio. Além do mais, os utilizadores TheFork podem usufruir de descontos de 30%, 40% e 50% e do nosso programa de fidelização Yums, pontos de fidelização que podem ser descontados em futuras reservas.
Como evoluiu a plataforma desde o lançamento em Portugal?
A atividade TheFork em Portugal começou em 2015, depois da aquisição da BestTables. Desde então, não parámos de crescer. Contamos com 2500 restaurantes parceiros, a maioria em Lisboa e no Porto, mas também noutras regiões, e em tempos pré-Covid-19 com centenas de milhares de utilizadores que reservavam através da App TheFork. Historicamente, tivemos um crescimento acima dos 50% a cada ano, nos últimos cinco anos, excluindo o período pandémico, claro. E devido a esse crescimento, o TheFork em Portugal tornou-se na plataforma de referência de reservas online de restaurantes. Globalmente, o TheFork é líder na Europa, com presença em mais de 22 mercados, 80 mil restaurantes parceiros, mais de mil empregados e 22 milhões de utilizadores que descarregaram a nossa app no mundo inteiro.
Agora com o fim do confinamento, qual o plano para aumentar a procura de restaurantes e de clientes?
Esta crise mostrou-nos que é muito difícil prever algumas situações e que tudo pode evoluir rapidamente. Mas também demonstrou que ir jantar a restaurantes está ancorado no nosso modo de vida, e que o desejo de conviver e de partilhar experiências reais é fundamental para as nossas culturas. Os restaurantes demonstraram resiliência e capacidade de adaptação face à situação. Da parte do TheFork, continuaremos a apoiar os restaurantes com a melhor tecnologia como o TheFork Manager, que os ajuda a digitalizar o seu negócio e a adaptar-se facilmente às restrições. Trabalharemos com os restaurantes para reativar a procura, dando-lhes visibilidade, aumentando as iniciativas e novidades, e promovendo ofertas especiais, que permitam aos utilizadores continuar a jantar fora como antes da pandemia, sempre em condições de segurança. A esse respeito, o TheFork ativou um “selo COVID” nas páginas dos nossos restaurantes parceiros, para que os clientes possam consultar as medidas aplicadas por cada restaurante.
Acabou de assumir um cargo internacional no TheFork. Quais são as linhas estratégicas que vão guiar o seu desempenho nos mercados sob a sua responsabilidade?
Como principal aliado da indústria, a nossa estratégia vai continuar a focar-se no apoio aos restaurantes para reativarem o seu negócio, ajudar as pessoas a encontrarem o restaurante perfeito para cada ocasião, e prosseguir na digitalização da indústria. Além disso, continuamos a apostar fortemente na inovação, promovendo novas propostas digitais para ajudar os restaurantes e utilizadores a adaptarem-se a este novo contexto, com ferramentas como o TheFork PAY, a nossa nova solução de pagamento direto na App, que já está a ser implementada por restaurantes em países como Espanha, França e Itália. A nossa prioridade em Portugal e nos restantes mercados é consolidar e reforçar a nossa posição nas regiões em que já estamos estabelecidos e aumentar a nossa presença local, para oferecer uma variedade mais vasta de restaurantes em todas as regiões do país.
O que o levou a aceitar este desafio internacional? Os líderes portugueses têm provado que podem ser bem-sucedidos a nível internacional?
Os resultados do TheFork em Portugal estavam no topo dos 22 países em que o TheFork está presente. Estou muito feliz que o TheFork seja uma empresa em que os bons resultados são valorizados por aquilo que são objetivamente, e nós somos uma empresa com total cultura de meritocracia. Pode acontecer, noutras empresas multinacionais, que devido à dimensão do país seja difícil ser relevante num local, em que, o tamanho do mercado e o impacto financeiro são menores. Por essa razão, ter a possibilidade de liderar um mercado como Espanha é, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade de ter maior impacto na empresa. Acredito que existem bons gestores em todos os países, por isso não há razão para que os líderes portugueses não possam ser bem-sucedidos. Mas talvez o tamanho do País torne mais difícil aos líderes portugueses provarem que conseguem ter sucesso em empresas mundiais que atuam globalmente.
Quais são os trunfos que os gestores de hoje têm de ter para liderar, num mundo cada vez mais digital?
Acredito que os gestores de hoje têm de ser profissionais fortes e focados. Temos de ser capazes de aprender e adaptar-nos rapidamente a um ambiente de negócio em permanente mudança. Ao mesmo tempo, temos de conseguir absorver muita informação diariamente e separar o que é importante do que não vai ter impacto. Temos de ser capazes de definir os nossos objetivos e o caminho para lá chegarmos, e temos de ter o foco para guiar as equipas, evitando que percam tempo ou energia com projetos ou tarefas não relevantes.
Num mundo de negócios tão competitivo, como consegue gerir vida pessoal e profissional?
Não é fácil, até porque agora passo uma semana a cada 15 dias no escritório de Madrid. Contudo, com uma boa gestão de tempo, tudo é possível. Além disso, posso contar com três grandes e talentosas equipas locais (Portugal, Espanha e Brasil/LATAM), que são quem realmente faz as coisas acontecer.
Se não tivesse enveredado por esta área, que carreira teria seguido?
Estudei Engenharia na Universidade, e só depois me tornei um gestor. Se não tivesse sido bem-sucedido como gestor, provavelmente hoje seria um engenheiro de ‘software’. Ou talvez tivesse dedicado a minha vida a algo radicalmente diferente, mais ligado ao desporto e à natureza, coisas que aprecio muito na minha vida privada.
Ainda tem tempo para hobbies?
Depende muito da fase da minha carreira. Tento manter-me constante na minha atividade diária desportiva, mas ultimamente não tem sido fácil. Além disso, adoro viajar, se possível todos os fins-de-semana, em particular para sítios onde posso usufruir de paisagens e natureza. Ir a restaurantes é também um “must” para mim no meu tempo livre.