Os dias da plataforma de mensagens Telegram, fundada pelo bilionário Pavel Durov, continuam a estar sob escrutínio da justiça.
A polícia sul-coreana anunciou uma investigação à aplicação de mensagens Telegram pelo seu alegado papel na distribuição de pornografia deepfake gerada por IA, de acordo com a imprensa, poucos dias depois de o seu cofundador e diretor executivo, Pavel Durov, ter sido acusado em França de permitir o crescimento da criminalidade na plataforma.
As autoridades sul-coreanas, incluindo o Presidente Yoon Suk Yeol, declararam que se trata de uma “emergência” devido ao aumento das taxas de crimes sexuais digitais no país. Grande parte desta situação deve-se a uma onda de pornografia deepfake, que visa sobretudo mulheres jovens e raparigas menores de idade, bem como pornografia de vingança e conteúdos que envolvem câmaras de espionagem. Estes conteúdos são partilhados e distribuídos através de várias plataformas online.
Embora o Telegram não seja a única plataforma utilizada por criminosos, a ferramenta do bilionário franco-russo tem sido alvo de um intenso escrutínio devido à sua abordagem não interventiva à moderação de conteúdos, uma vez que os reguladores e a polícia questionam se poderia e deveria estar a fazer mais para combater a ilegalidade.
As preocupações em relação ao Telegram vão para além dos crimes sexuais digitais e a plataforma tem sido alvo de críticas por uma série de problemas, incluindo a sua utilização por terroristas e extremistas de extrema-direita, tráfico de droga, material de abuso sexual de crianças e fraude.
Pavel Durov foi detido em Paris na semana passada e as autoridades acusaram-no de cumplicidade numa série de atividades criminosas, incluindo crimes relacionados com material de abuso sexual de crianças e tráfico de droga.
De acordo com a Forbes o empresário detém um património líquido de 15,5 mil milhões de dólares, o que faz dele a 121ª pessoa mais rica do mundo.
(Com Forbes Internacional/Robert Hart)