A quarta edição do Scaleup Portugal, relatório anual que faz uma análise do ecossistema de empreendedorismo, já foi divulgado e distingue a Sword Health como líder do grupo das 25 melhores startups no País.
O estudo promovido pela BGI – Building Global Innovators e pelo European Institute of Innovation & Technology (EIT) avalia o desempenho de 659 startups originários de Portugal (com sede em território português e as que já não têm sede em Portugal) no período entre 1 de janeiro de 2015 e 31 de julho de 2020.
Entre os projetos desenvolvidos pela portuguesa Sword Health está o primeiro sistema de fisioterapia digital através de Inteligência Artificial.
Os três primeiros lugares das maiores scaleups fica composto com a presença da Utrust e da Platforme. Os lugares cimeiros integram startups fundadas há menos de cinco anos que crescem a dois dígitos em número de trabalhadores ou de faturação
Os critérios que levaram a este grupo de elite são a capacidade de angariar capital nas rondas de financiamento, o volume de receitas, o rácio entre capital recebido e receitas e a criação de postos de trabalho entre candidatos de origem portuguesa.
O relatório inclui empresas que estão entre as quatro maiores aplicações verticais como tecnologias de informação e comunicação, CleanTech & Indústria, Consumidor & Web e aparelhos médicos & Health IT (Tecnologias de informação aplicadas na saúde).
De acordo com os promotores do relatório, o Top 25 arrecadou um total de financiamento de 117.818.347 euros em financiamento e geraram receitas de 113.400.658 euros ao longo do período de cinco anos em causa. Este desempenho representa uma redução de 39,3% no valor arrecadado e um aumento de 60,1% nas receitas geradas.
Uma das novidades do relatório de 2020 resulta de as empresas que operam na indústria do consumo e web serem as mais representadas no ranking, com um peso de 44%.
Segundo o estudo elaborado pela aceleradora de startups BGI e pelo EIT Digital, os investidores neste grupo de 25 startups são sobretudo portugueses com um peso de 36%, seguindo-se financiadores de outros Estados-membros da União Europeia, como a Alemanha.
A lacuna entre as fontes de financiamento nacionais e estrangeiras está a diminuir, situando-se, este ano, nos 19,2%. Em 2019 fixou-se nos 75% e, em 2018, nos 49,3%. Os promotores do estudo concluem que esta diminuição significa uma maturidade crescente do ecossistema de startups português.
No mesmo documento pode ler-se que parece haver uma lacuna no financiamento em estágio inicial, que é reforçada por representação de fundos pré-seed e business angels.
O Scaleup 2020 conclui ainda que os fundadores portugueses destas empresas são altamente qualificados, sendo a maioria detentora de pelo menos um mestrado. A maioria dos fundadores das 25 scaleup são homens, mas houve um ligeiro aumento na representatividade feminina, em 2020, para 12,50% contra os 9,68% do ano passado.
A Universidade do Porto (32,56%), a Universidade de Aveiro (11,63%) e a Universidade do Minho (9,30%)”, são as instituições de ensino escolhidas pela maioria dos fundadores destas startups.
De referir ainda que o vencedor dos votos do público foi a Ophiomics, empresa de biotecnologia e a Menção Honrosa foi ganha pela DefinedCrowd.