“Unicórnios” foi um dos projetos apresentados no Tribeca Festival, em Lisboa. No primeiro dia, foi a Sword Health que deu a conhecer “as estratégias, os golpes de sorte e a resistência às crises”, sendo que é uma das empresas técnologicas nascidas em Portugal que se transformaram em unicórnio.
“Este episódio documental acompanha a história de Virgílio Bento que, após um drama familiar, fundou a Sword Health para libertar milhões de pessoas da dor”, lê-se na sinopse do documentário.
Ao longo do episódio é possível ficar a conhecer a história da empresa, a visão do seu co-fundador e, também, o ambiente e a dinâmica entre todos os funcionários.
Virgílio Bento, que diz não ser “tão mau como as pessoas pensam, nem tão bom como as pessoas pensam”, contou que a empresa vale hoje 3 mil milhões de dólares. Mas mesmo que o crescimento até aqui tenha sido rápido, nada disso o assusta. Aliás, garante que a Sword “ainda pode expandir muito”. Até mesmo nos Estados Unidos, sendo que a receita da empresa já tinha em mais de 99% origem no país.
Ao longo do episódio, o fundador da empresa confessou que já recebeu várias propostas de compra, mas não lhes dedica muito tempo. “Já tivemos propostas de compra, mas nem nunca tivemos uma primeira conversa em relação a isso”, disse.
Sobre esta série em particular, Virgílio Bento reagiu no final do screening: “É um momento que nos obriga a olhar para trás e ver tudo o que fizemos e é um material muito bom para nós. Está um trabalho espetacular”.
Ainda durante o Q&A final, Virgílio contou que a Sword está presente em outros países, além dos Estados Unidos, como o Reino Unido, Irlanda, Canadá ou Austrália. “Estamos a explorar agora outros países, porque a dor é global. A nossa solução é óbvia, mas ainda há um bloqueio mental, sendo uma coisa nova e na área da saúde”, afirmou.
Sobre a influência que esta série poderá ter no aumento da presença destas empresas em Portugal, o fundador da Sword não teve meias palavras: “Vai permitir atrair talento, e isso é muito importante porque é o que nos ajuda a acelerar. Se os governantes em Portugal acharem interessante melhor, se não o nosso foco é global”.
Virgílio terminou a defender o talento português, dizendo que está ao nível do talento que sai de Stanford ou Harvard, mas criticando a gestão que tem sido feita desse talento.