Startup nacional de space tech recolhe 3,5 milhões de euros para expandir globalmente

Nasceu em Coimbra, no Instituto Pedro Nunes, mas tem a ambição de chegar ao mundo inteiro. Não fosse a sua área de atividade ligada à exploração do espaço. A startup nacional Spotlite, fundada por Ricardo Cabral, atual CEO, e Martino Correia, COO, combina dados de satélite e Inteligência Artificial (IA) para monitorização de riscos de…
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Tecnológica de Coimbra especializada em analisar dados de satélites, um mercado avaliado em 20 mil milhões de euros, recolheu um financiamento de 3,5 milhões de euros da Indico Capital Partners e da Explorer Investments.
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Nasceu em Coimbra, no Instituto Pedro Nunes, mas tem a ambição de chegar ao mundo inteiro. Não fosse a sua área de atividade ligada à exploração do espaço. A startup nacional Spotlite, fundada por Ricardo Cabral, atual CEO, e Martino Correia, COO, combina dados de satélite e Inteligência Artificial (IA) para monitorização de riscos de infraestruturas, através de uma plataforma única que transforma dados de satélite em inteligência de infraestruturas. Com esta ferramenta possibilita proprietários e operadores de ativos a reduzir os seus investimos em ativos físicos de longo prazo, através de uma vasta gama de soluções que incluem manutenção preditiva e auditoria remota. Esta tecnologia utiliza os dados dos satélites para monitorizar continuamente uma série de possíveis de riscos ao longo de milhares de quilómetros, sem a necessidade de inspeções físicas ou de sensores locais. A Spotlite permite prolongar a vida útil de infraestruturas críticas e melhorar a sua resiliência num contexto ambiental cada vez mais desafiante.

Estima-se que o mercado da observação de dados da Terra atinja os 20 mil milhões de euros até 2033, sendo que o mercado europeu deverá representar 1,5 mil milhões de euros entre 2023 e 2028.

A startup acabou de fechar uma ronda de financiamento inicial no valor de 3,5 milhões de euros, co-liderada pela Indico Capital Partners e pela Explorer Investments, para acelerar o seu crescimento e sobretudo a sua expansão global. Este montante será essencial para a empresa reforçar a sua entrada em novos mercados e ainda adicionar mais capacidades à sua plataforma. A empresa é já uma referência em inteligência de infraestruturas, fornecendo as ferramentas necessárias para tornar o ambiente construído mais seguro, mais inteligente e mais resiliente. Estima-se que o mercado da observação de dados da Terra atinja os 20 mil milhões de euros até 2033, sendo que o mercado europeu deverá representar 1,5 mil milhões de euros entre 2023 e 2028.

«Este investimento é um marco para a Spotlite e para o ecossistema espacial de Portugal. Estamos a ajudar os operadores de infraestruturas a passar de uma manutenção reativa para uma manutenção proativa, capacitando as empresas com decisões baseadas em dados alimentadas por IA.», refere, em comunicado, Ricardo Cabral.

Já Stephan de Moraes, general manager da Índico Capital Partners, afirmou que: “A tecnologia Deep Tech da Spotlite, que transforma dados de satélite e IA em gestão preditiva e maior resiliência para ativos críticos, é uma revolução para o setor de infraestruturas. Este investimento reforça o compromisso estratégico da Índico em apoiar soluções que revolucionam e transformam os mercados tradicionais, nomeadamente na tecnologia espacial”. Também a propósito desta ronda de financiamento, Pedro Correia de Barros, da Explorer Investments, reforçou: «A Spotlite está a desenvolver uma das plataformas de monitorização alimentadas por IA mais sofisticadas do setor, trazendo verdadeira inteligência preditiva para infraestruturas críticas”.

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