A Startup Lisboa fez um balanço dos seus dez anos de atividade, referindo que são já mais de 400 as startups incubadas, selecionadas de um universo de mais de 4.500 candidaturas, e mais de 250 projetos apoiados nos diferentes programas de aceleração e outras iniciativas.
No total representam mais de 4.500 postos de trabalho criados, métrica que registou um crescimento de 200% nos últimos cinco anos.
A Startup Lisboa destaca o facto de que, ao nível da sobrevivência das startups, 70% das residentes da incubadora continuam ativas – o que contraria as estatísticas médias globais que apontam para a “morte” de nove em cada 10 startups -, e 5% fizeram ‘exit’ (quando um ou mais fundadores decidem vender a sua quota).
Segundo a Startup Lisboa, 37% das startups apoiadas são compostas por equipas mistas ou estrangeiras.
“O ecossistema empreendedor de Lisboa é cada vez mais cosmopolita e internacional e os números de startups lideradas por fundadores estrangeiros que procuram a capital para desenvolver e expandir os seus negócios são a melhor expressão disso”, sublinha Miguel Fontes, diretor executivo da Startup Lisboa.
Também os investidores internacionais passaram a dar mais atenção à cidade, com investimentos significativos no portfólio da Startup Lisboa: “O investimento angariado pelas startups incubadas mais do que quadruplicou em cinco anos, face aos primeiros cinco de vida”, segundo Miguel Fontes.
Hoje regista-se um valor global de 340 milhões de euros em capital de risco levantado pelas startups da incubadora, volume que em 2017 (quando a incubadora completava cinco anos) se fixava nos 80 milhões de euros angariados pelas startups incubadas à data.
“A Startup Lisboa está de parabéns, e a comunidade é a principal responsável pelo sucesso deste projeto, que se mede pelas conquistas do ecossistema que criámos e trabalhamos para alimentar. A nossa missão é a de edificar um ecossistema empreendedor vivo e dinâmico, e são os protagonistas [empreendedores, startups, parceiros, investidores] que merecem os parabéns. A nós cabe-nos adequar o trabalho às suas necessidades, manter-nos relevantes e, enquanto formos procurados por startups e outros players, é sinal de que estamos a inovar e a fazer um bom trabalho”, sublinha Miguel Fontes.
Promover diversidade de género
Olhando para o futuro, Miguel Fontes refere que a incubadora tem o compromisso com a promoção da diversidade onde ainda há um longo caminho a percorrer: “A diversidade de género, de origem social, cultural, entre outras, tem de existir também no empreendedorismo. Parte da nossa missão passa por democratizar o acesso à atividade empreendedora” refere o responsável da startup.
Hub Criativo do Beato
Para os próximos anos, a start-up Lisboa assume como o seu desafio mais ambicioso da conclusão do projeto do Hub Criativo do Beato, onde virá a dispor de um novo espaço de incubação, de 7 mil metros quadrados.
Este espaço, a nascer na Fábrica do Pão da antiga manutenção militar, “tem como objetivo poder acolher mais startups e garantir que as mesmas encontrem espaços flexíveis e ajustados às suas dinâmicas de crescimento”, explica a startup.
Este novo espaço contará ainda com outras empresas, numa intenção de fazer promover a inovação aberta e colaborativa.
Trabalhar com instituições de ensino
De acordo com Miguel Fontes, outro dos objetivos para os próximos anos é trabalhar de forma mais próxima e continuada com as instituições de ensino superior, “de modo a promover uma cultura de empreendedorismo, motivando mais pessoas a se juntarem a este ecossistema”.
Fundada a partir do Orçamento Participativo de Lisboa, pela Câmara Municipal de Lisboa, Associação Mutualista Montepio e IAPMEI, a Startup Lisboa constituiu-se como uma associação privada sem fins lucrativos e com a missão de ajudar as startups nos seus primeiros anos de vida a desenvolverem-se, a escalarem e a atraírem investimento.
A Startup Lisboa nasceu a 2 de fevereiro de 2012 na Rua da Prata, número 80.