A Didimo, startup portuguesa no desenvolvimento de figuras humanas digitais, anuncia hoje uma ronda de financiamento Série A de 7,150 milhões de dólares, liderada pela Armilar Venture Partners e com a participação da Bright Pixel Capital, Portugal Ventures e Techstars.
A startup com escritórios em Portugal, Estados Unidos e Reino Unido, irá utilizar o capital para impulsionar o crescimento comercial e global, bem como desenvolver opções adicionais de apoio aos clientes.
Com a crescente aposta no metaverso, videojogos e experiências digitais imersivas, a Didimo “ganhou, mais uma vez, a confiança dos investidores, com a capacidade de gerar um gémeo digital baseado num ser humano, que pode ser utilizado por criadores, marcas e consumidores nestas novas experiências imersivas”, refere a empresa.
Startup Didimo utiliza Deep Tech para transformar fotografias 2D em avatares humanos 3D realistas em 60 segundos.
Jogar ao lado e frente-a-frente com o Cristiano Ronaldo ou Tom Brady é possível através da tecnologia patenteada, que pode ser utilizada por programadores e organizações para transformar rostos 2D em versões digitais 3D das pessoas. Deste modo, qualquer um pode interagir com os seus ídolos em videojogos, concertos virtuais ou experimentar roupa em websites.
Criação de avatares em 3D
Atualmente, a Didimo é capaz de consolidar numa única plataforma um processo complexo de criação de avatares em 3D, em cerca de 60 segundos. Isto permite a qualquer empresa transformar uma fotografia numa versão 3D de uma pessoa.
“Na era da digitalização, humanos digitais, tais como os criados pela Didimo, são fundamentais na procura por novas formas de estabelecer ligações com clientes”, aponta a Didimo.
“O uso de avatares realistas permite às organizações transformar os seus serviços, experiências e benefícios de modo a impulsionar receitas e aumentar a lealdade”, salienta a start-up.
Veronica Orvalho, Fundadora e CEO da start-up, afirma que “a missão da Didimo sempre foi tornar o mundo digital mais humano, ao trazer a riqueza do envolvimento pessoal e da personalização às experiências. Podemos capacitar as pessoas a fazer nos espaços digitais o que fazem no mundo real de forma natural, como experimentar roupas, explorar produtos, competir num jogo ou entreter amigos”.
“A nossa tecnologia é sinónimo do envolvimento de pessoas com o digital da forma mais humana e autêntica possível”, afirma Veronica Orvalho, Fundadora e CEO da start-up.
Pedro Ribeiro Santos, Partner na Armilar Venture Capital, explica o que motivou o novo investimento na start-up: “Acompanhamos o trabalho da Didimo há alguns anos e assistimos à rápida evolução desta tecnologia, desde as suas raízes académicas moldadas ao longo de vários anos de investigação e desenvolvimento, até chegar a um produto empresarial que oferece um método de envolvimento novo, centrado nas pessoas. Acreditamos que o produto representa uma oportunidade enorme, uma vez que as empresas procuram formas escaláveis para acrescentar valor – e obter maiores receitas – a partir da sua base de clientes, estimulando a atração de utilizadores, o seu envolvimento e a sua retenção”.
Para além dos gémeos digitais personalizados para o utilizador, a plataforma da Didimo gera non-playable characters (NPCs) e personagens realistas em velocidade e em escala, com o objetivo de ajudar os estúdios e os designers experientes a povoar rapidamente os seus mundos com personagens de alta qualidade.